O CUMPRIMENTO DE PROFECIAS
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correcção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm. 3:16-17).
A Bíblia é um livro cheio de instruções para a vida, mas, há muitos livros que pretendem oferecer conselho semelhante.
O que a torna diferente desses livros?
Este livro que declara ser a Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado, uma revelação divina, tem tido uma enorme influência na História do homem, continua a ser o livro mais traduzido de sempre e é amplamente crido como Palavra de Deus.
Mas que evidências existem para apoiar esta crença?
É sem fundamento esta fé?
A chamada inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que escreveram fossem exactamente o que Deus desejou revelar ao homem.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correcção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm. 3:16-17).
Se a Bíblia é simplesmente um produto de homens, não tem mais autoridade que qualquer outro padrão moral que se possa inventar.
Mas se é mesmo a Palavra de Deus, então, o padrão moral que apresenta é a expressão da autoridade de Deus.
As profecias cumpridas são uma evidência da origem divina da Bíblia:
O homem não pode conhecer o futuro; apenas Deus - pela sua omnisciência - pode predizer os acontecimentos ao pormenor.
Através de Isaías, Deus desafiou os falsos deuses adorados pelos homens: "Tragam e anunciem-nos as coisas que hão-de acontecer. Anunciem-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas e saibamos se se cumpriram; ou façam-nos ouvir as coisas futuras. Anunciem-nos as coisas que ainda hão-de vir, para que saibamos que são deuses" (41:22-23; vd 42:8-9; 44:6-8).
Critérios – a profecia...
- Não é o resultado de cálculo matemático, nem a projecção da sabedoria política ou científica, nem uma conjectura feliz.
É a predição concreta de eventos além do poder natural que o homem tem para prever.
Muitos são os que fazem predições, mas a maioria (ou todas) são meramente palpites sobre eventos futuros, baseados nos eventos correntes.
- Tem que ser feita bem antes que o evento aconteça. Pode-se imaginar quem será o próximo presidente de Portugal, mas predizer hoje quem vai ser o presidente de Portugal no ano 2100 era uma verdadeira profecia.
- Tem que ter um cumprimento claro para ser possível estabelecer uma relação clara entre a profecia e o evento que supostamente a cumpre.
Alguns fazem "profecias" numa linguagem tão geral que quase permite que sejam “cumpridas” através de qualquer evento futuro, em vez de por um evento específico. A linguagem tem que ser não ambígua nem enganosa.
Exemplos:
Na Bíblia encontram-se inúmeras predições sobre os destinos de nações e cidades.
Isaías predisse que Jerusalém e o templo seriam reconstruídos por ordem de Ciro, o persa, que permitiria aos israelitas regressarem do cativeiro (Isaías 44:28 a 45:13). Quando ele fez estas profecias (700 a.C.), a cidade de Jerusalém e o templo ainda estavam em pé, o reino do sul de Judá ainda não tinha sido levado em cativeiro, e os assírios eram a potência mundial.
Ciro libertou os cativos de Judá cerca de 160 anos depois (536 a.C.).
O Velho Testamento está também repleto de minuciosas profecias a respeito do Messias (a natureza do seu nascimento, a sua vida e a morte), que, se quisermos observar com sinceridade e imparcialidade, percebemos que foram todas cabalmente cumpridas.
Foi Isaías quem profetizou que o Messias nasceria de uma virgem, 700 anos antes de isso acontecer (Isaías 7:14 e Mateus 1:22-23); Miqueias, que viveu no tempo de Isaías, predisse o local de nascimento do Messias.
José foi para a Judeia, para Belém, a cidade de David. Enquanto lá estavam, chegou o tempo de nascer o bebé, e Maria deu à luz o seu primogénito. (ler Lucas 2:4, 6, 7)
Cerca de 7 séculos antes, Miqueias tinha escrito:
‘Mas tu, Belém-Efrata, embora pequena entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há-de reinar em Israel, cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.’ (ler Miqueias 5:2)
Como poderiam estes homens ter predito estas coisas a menos que Deus os estivesse a guiar?
Mais exemplos:
CRUCIFICAÇÃO: COMO É QUE ELES SABIAM?
O rei David, cerca de 1000 anos antes de Cristo, escreveu a profecia:
- O meu vigor secou-se como um caco de barro e a minha língua pega-se ao céu da boca… um bando de homens maus cercou-me, trespassaram-me as mãos e os pés. …Dividiram as minhas roupas entre si, e lançaram sortes pelas minhas vestes.
- Puseram-me fel na comida, e na minha sede deram-me vinagre. (ler Salmos 22:15-18; 69:21)
E em Zacarias 12:10 (500 a.C.) lemos: …olharão para mim, aquele a quem trespassaram.
Tendo crucificado Jesus, os soldados tomaram as roupas dele e dividiram-nas em quatro partes, uma para cada um, restando a túnica… e disseram: Não a rasguemos. Vamos decidir por sorteio quem ficará com ela.
…[Jesus] disse: Tenho sede. … Então puseram uma esponja ensopada de vinagre numa cana e ergueram-na até aos seus lábios.
(ler João 19:23, 24, 28, 29)
PREÇO DE ESCRAVO
Judas Iscariotes dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes, e perguntou-lhes:
- O que me dão se eu vo-lo [Jesus] entregar?
E fixaram-lhe o preço: trinta moedas de prata. (ler Mateus 26:14, 15)
Mais tarde…
Judas atirou o dinheiro dentro do templo e foi enforcar-se.
Os chefes dos sacerdotes juntaram as moedas e disseram:
- É contra a lei colocar este dinheiro no tesouro, visto que é preço de sangue.
Então decidiram usar aquele dinheiro para comprar o campo do Oleiro, para cemitério de estrangeiros. (ler Mateus 27:5-7)
Zacarias 11:12,13 (escrito 500 anos antes):
…Eu disse-lhes: Se acharem melhor assim, paguem-me; se não, não me paguem. E eles pagaram-me trinta moedas de prata.
E o Senhor disse-me: Lança isto ao oleiro, o óptimo preço pelo qual me avaliaram! Por isso tomei as trinta moedas de prata, e atirei-as no templo do Senhor, para o oleiro.
A mulher replicou-lhe: Eu sei que vem o Messias. Quando vier há de nos anunciar todas as coisas.
Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. (ler João 4:25, 26)
JÁ SE SABIA DA RESSURREIÇÃO?
Profecia de David, rei de Israel (1000 a.C.):
Tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição. (ler Salmos 16:10)
Centenas de anos depois, Pedro explica:
Posso dizer-lhes com franqueza que o patriarca David morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até ao dia de hoje.
Mas era profeta e sabia que Deus lhe tinha prometido que colocaria um dos seus descendentes no seu trono. Prevendo isso falou da ressurreição de Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição. Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas desse facto. (ler Actos 2:25, 27, 29-32)
PROFECIAS QUE SE CUMPREM
Salmos 22:16 ... cães rodeiam-me, um ajuntamento de malfeitores cerca-me, trespassaram-me as mãos e os pés. (escrito cerca de 1000 anos antes de Cristo)
João 20:27 Depois [Jesus] disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; não mais sejas incrédulo, mas crente.
28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!
29 Jesus disse-lhe: Creste porque me viste? Bem-aventurados os que não viram e creram.
Conclusão:
A Bíblia contém profecias que satisfazem os critérios já referidos, e demonstra assim a sua natureza divinamente inspirada.
Se a profecia cumprida confirma a origem divina da Bíblia, então é obra de Deus e contém um padrão moral com autoridade para as nossas vidas, governando a conduta de todos os que queiram viver eternamente na presença do Criador.
A evidência está disponível para quem quiser estudá-la. Este é o desafio, o risco é demasiado alto para deixar o assunto para mais tarde.
O que concluis sobre a Bíblia?
Adaptado de: http://www.estudosdabiblia.net/d37.htm, por Allen Dvorak.