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Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

DIVISÃO DO ESPIRITISMO

5. DIVISÃO DO ESPIRITISMO

O Espiritismo, tanto o de origem européia, codificado por Allan Kardec, como o de origem africana ou indígena, ou seja, candomblé, umbanda, xangô, pajelança e outros, são conjuntos de ensinamentos totalmente contrários à Bíblia.

Os que se entregam a essas práticas, procuram, por diversos meios, entrar em contacto com os espíritos de pessoas falecidas, movidas pela curiosidade e pelo desejo de "conversar" com elas e obter informações sobre acontecimentos "futuros".

No seio do cristianismo, os cristãos, segundo suas convicções e expressão de fé estão distribuídos por várias denominações, ou seja, católica romana, episcopal, pentecostal, luterana, batista, etc.

No seio do Espiritismo isso também é válido.

Os espíritas também se distribuem, não por denominações, mas por correntes ou doutrinas.

O Espiritismo é dividido em cinco grupos principais:

 

UMBANDISTA: - Conhecido também como baixo espiritismo.

Este grupo compreende:

Umbanda: é o nome da actual macumba. Originou-se de escravos bantos, vindos da África.

Quimbanda: é a famosa magia negra. É também conhecido como espiritismo do livro de São Cipriano da capa preta.

Xangô: outra forma de espiritismo afro-brasileiro.

é Babaçuê: espiritismo de origem africana, influenciado pela pajelança...

Pajelança: ritual indígena realizado pelo pajé da tribo. À semelhança das sessões espíritas, nela também ocorre o transe, as incorporações de espíritos e mensagens.

Catimbó: feitiçaria de origem européia, influenciada pelos indígenas e africanos.

 

KARDECISTA - Conhecido também como alto espiritismo.

 Este grupo compreende:

Kardecista Puro: segue as doutrinas de Allan Kardec.

Ruteirista e Ubaldista: seguem as doutrinas de João Batista Roustang e de Pietro Ubaldi, respectivamente.

Emmanuelista: é influenciado pelos "ensinamentos" de Emmanuel, o espírito guia de Chico Xavier.

Ramanista e Paganizante: seguem os ensinamentos do "espírito guia" Ramatis e a tendência espírita liderada por Carlos Embassahy, respectivamente.

 

OUTRAS TENDÊNCIAS: conforme o "líder" ou "espírito guia", como Yokanam, tia Neiva, etc.

GRUPO ESOTERISTA - divide-se nas seguintes organizações:

 " Rosacruz, Teosofia, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, "

Organizações diversas tais como:

Ordem dos Iluminados, Legião da Boa Vontade, Ordem Esotérica do Mentalismo,Gnosticismo, Logosofia e Cultura Racional Superior.

GRUPO CIENTÍFICO - espiritismo voltado para o estudo da paranormalidade.

Os Kardecistas não admitem ser confundidos com os umbandistas.

Mas a verdade é que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa.

A própria Federação Espírita Brasileira reconheceu essa igualdade.

Eis o que foi escrito em seu órgão oficial de informação "O Reformador", em sua edição de julho de 1953, pág. 149: "Baseados em Kardec, é-nos lícito dizer: todo aquele que crê nas manifestações dos espíritos é espírita- ora, o umbandista nelas crê. Logo umbandista é espírita, mas nem todo espírita é umbandista, porque nem todo espírita aceita práticas de umbanda."

 

Eis os pontos comuns entre o Espiritismo e a Umbanda:

a) comunicado com os espíritos dos mortos, os "desencarnados";

b) a reencarnação;

c) sofrimento, como base para a evolução no progresso espiritual;

d) a prática da "caridade", que acelera esse progresso.

As pessoas que se esforçam para praticar boas obras, desenvolver-se na mediunidade, crendo que morrerão e reencarnarão diversas vezes e depois passarão a viver em outros mundos como "guias de luz", ficarão bastante surpresos com o que o próprio Deus nos revela em Ef 2:8-9:

 

"Porque pela Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras para que ninguém se glorie."

 

 Esses falsos "santos" ou entidades que baixam em centros espíritas, além de encher o espírito do ser humano de confusão e engano, fazem pesadas exigências a quem os procuram em busca de "favores", que sempre terminam levando as pessoas à escravidão espiritual e, o que é muito pior, jamais verão a face de Deus, pois não terão a vida eterna, segundo a própria promessa divina.

 

 Assim Deus nos revela em Deuteronômio 18:10-13:

 

"Não se achará diante de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de serpentes, nem necromantes, nem mágico, nem quem consulte os mortos, pois todo aquele que faz tal coisa, é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus, os lança diante de ti. Perfeito serás como o Senhor teu Deus." E Deus ainda nos revela em Levítico 20:6: "Assim disse o Senhor: se alguém se dirigir aos espíritas ou aos advinhos para se relacionar com eles, voltarei o meu rosto contra ele e o eliminarei do meio do meu povo"

 

 

A seguir: 6. O PENSAMENTO ESPÍRITA SOBRE A BÍBLIA

EVOLUÇÃO DO ESPIRITISMO NO BRASIL

4. EVOLUÇÃO DO ESPIRITISMO NO BRASIL

Vários são os factores apontados por estudiosos como causa da aceitação da evolução e propagação das práticas espíritas no Brasil.

Entre esses factores, destacam-se:

a) A crendice e superstição reinantes em milhares de pessoas que encontram nos amuletos, talismãs, patuás, rezas fortes, etc., quase sempre pendurados no pescoço ou em algum lugar de destaque em suas casas, verdadeiros protectores de todo e qualquer mal.

 

b) A herança recebida da crendice e superstição dos colonizadores portugueses, responsáveis pelo sincretismo religioso, fruto da união das crenças dos escravos africanos com seus ídolos e vodus, e da adoração excessiva e paganizante das imagens e crendices.

 

c) Lastimável quadro de pobres e indigentes que vivem á margem da sociedade e que, em troca dos recebimentos e favores vindos de actividades filantrópicas, tais como a distribuição de alimentos em vias públicas, visitas e assistência a creches, abrigos para idosos, etc., aceitam as doutrina espírita, enquanto seus anseios estão sendo saciados.

Por outro lado, aqueles que realizam essas actividades, não as consideraram uma consequência expontânea de amor ao próximo e de um acto de justiça, como assim nos ensinou Jesus Cristo, mas a intenção é a de se "aperfeiçoarem" através dessas práticas e assim reduzirem seus sofrimentos nas "encarnações" futuras. Daí a grande diferença entre caridade e filantropia.

 

 Porém, entre os factores também estudados, dois merecem destaque como sendo os responsáveis no poder de persuasão para atrair novos seguidores.

São eles:

a) "Você é médium! preciso desenvolver sua mediunidade."

É o que repetem milhares de espíritas a pessoas curiosas, oprimidas, doentes ou possessas, que procuram terreiros e centros espíritas em busca de "ajuda".

Este é o grande laço do passarinheiro, segundo a Palavra de Deus no Livro dos Salmos 91.3: Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.

 

b) "A saudade dos parentes falecidos."

Muita gente fica curiosa ao ouvir dizer que um parente seu "baixou" durante uma sessão espírita e, "incorporado" num médium, confessou que desejaria conversar com alguns parentes vivos.

Há inclusivé casos de famílias inteiras, movidas pela curiosidade e desconhecimento total do Evangelho de Cristo que se tornaram praticantes do espiritismo após haverem recebido um desses "recados do além".

 

Os mortos não voltam. É o que nos revela a Bíblia.

Se os mortos voltassem Deus não teria permitido que na Bíblia fossem registadas as palavras de Davi em II Sm 12:22-23: "Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: quem sabe o Senhor se compadecerá de mime continuará viva a criança? Porém agora que é morta, porquê jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim."

 Se constasse entre os desígnios de Deus a liberdade dos mortos se comunicarem com os vivos e vice-versa ou a possibilidade de reencarnação, não estaria também registado na Bíblia: "Aos mortos está ordenado morrerem uma só vez e, depois, o juízo." (Hb 9:2 7)

 

A Bíblia, através do I Sm 28, nos relata um caso de necromancia envolvendo o rei Saul e a pitonisa de Endor, onde Saul é morto como castigo de Deus por ter consultado uma necromante, que predisse sua morte e a de seus filhos para o dia seguinte, onde seriam mortos pelos filisteus.

Quando analisamos os capítulos seguintes do Livro de Samuel, observamos que as predições da pitonisa ou médium foram uma farsa:

 

a) Em 1Sm 31:14, narra o suicídio de Saul. Logo, ele não foi morto pelos filisteus.

b) 0 1Sm 31.8 desfaz a predição da pitonisa, pois assim narra este texto: "Sucedeu pois que, vindo os filisteus no outro dia a despojar os mortos, acharam Saul e seus três filhos caídos no monte Gilboa.

c) Em I Sm 31:2, narra que os filisteus mataram Jônatas, Abinadab e Melquisua, Filhos de Saul. Não foram todos os filhos de Saul que morreram, conforme predisse o "espírito" á pitonisa.

d) Pois assim está escrito em II Sm 2:8-9: 1. "Entretanto Abner, Filho de Ner, chefe do exército de Saul, tomou Isboset, filho de Saul, e levou-o a Maanaim, onde o declarou rei sobre Benjamim, Efraim.....e todo o Israel."

 

 Só a Deus cabe o dom da revelação através do Espírito Santo, a todo aquele que Ele quiser revelar, segundo a Sua vontade, para honra e glória do Seu nome.

Tem muita gente enganada acerca do espiritismo.

Os doutrinadores espíritas, para atraírem pessoas que não conhecem o poder de Deus pela leitura da Bíblia, falam em Nome de Jesus e afirmam que Espiritismo e Cristianismo são a mesma coisa. Dizem, inclusivé, que jamais se afastam dos ensinamentos de Jesus. Isto constitui uma afronta a Deus, pois Ele mesmo nos revelou em ITm 4.1: "Mas o Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios."

 

A verdade é que Allan Kardec codificou todo um sistema de doutrinas contrárias ao ensinamento bíblico e ao próprio Jesus Cristo.

Todas as doutrinas espíritas, sem excepção negam a verdade contida na Bíblia.

Milhares de pessoas, que ainda não alcançaram a mensagem do Evangelho de Cristo e que permanecem angustiados e decepcionados por não verem seus desejos e necessidades saciados, segundo seus anseios particulares, e ainda mergulhados na superficialidade dos seus velhos conceitos sobre Deus, deixam-se envolver com correntes ou tendências espíritas existentes neste mundo e ainda continuam, infelizmente, alimentando-se, como na Parábola do Filho Pródigo, das bolotas que os porcos comiam (ver Lc 15:16) e deixam de lado o imenso e glorioso banquete celestial que Deus nos oferece.

 

Porém, muitos deles, no fundo de seus corações, mesmo que o queiram ignorar, sentem que seus espíritos estão famintos e desejosos do verdadeiro Pão da Vida descido do Céu - Jesus Cristo.

O inimigo de nossas almas, cuja existência é negada pelos espíritas, aquele que, segundo a Palavra de Deus pelo profeta Isaías, foi derrubado ele e seus anjos do alto de sua soberba (Is 14:12-15), vem mantendo milhares de seres humanos mergulhados na confusão e escuridão das práticas espíritas, pois ele também quer ser cultuado como Deus.

 

A seguir: 5. DIVISÃO DO ESPIRITISMO 

 

 

Foto: Sessão Kardecista
Diabólico!

O QUE É ESPIRITISMO

3. O QUE É ESPIRITISMO

 

A crença de que os espíritos dos mortos "se comunicam" com os seres humanos, constitui a base da doutrina espírita.

0 que hoje se chama Espiritismo, na antiguidade e na Bíblia é conhecido como Necromancia.

0 que hoje é médium, na antigüidade e na Bíblia é conhecido como necromante, feiticeiro (a), pitonisa.

0 que hoje conhecemos por centro espírita, na Bíblia e também na antigüidade era conhecido por tenda ou caverna.

 A comunicação com os mortos na busca incessante de "evolução" espiritual no além, onde os espíritos "tomam emprestado" o corpo das pessoas, e a prática da caridade e orientação nos ensinamentos espíritas, enquanto os próprios "espíritos" aguardam o momento da sua reencarnação, para, através do sofrimento, pagar os erros cometidos em outras encarnações ou se aperfeiçoarem através da prática da caridade, constituem a base dos ensinamentos apresentados ao mundo pelo ex-professor francês León Hippolyte Denizart Rivail, maçon do grau 33 junto à Grã-Loja Escocesa Maçônica de Paris (segundo se lê em "As Grandes Religiões" - Ed. 1 9737 50 vol., pá<Y,. 916).

Talvez venha daí a profunda influência dos princípios maçónicos sobre a doutrina do kardecismo.

León Hippolyte adoptou o nome de Allan Kardec, que, em 1857, ao lançar o "Livro dos Espíritos", deu início à doutrina espírita, pois essa obra passou a ser considerada como uma espécie de "bíblia" do espiritismo.
Pouco tempo após seu lançamento, milhares de pessoas começaram a interessar-se pela existência dos espíritos e a tentar "entrar em contacto" com eles.
Kardec escreveu mais seis livros, todos considerados também fundamentais para a doutrinação espírita: "O que é Espiritismo", o "Livro dos Médiuns", "Céu e Interno", o "Evangelho Segundo o Espiritismo", "A Gênese" e "Obras Póstumas".

 


A seguir: 4. EVOLUÇÃO DO ESPIRITISMO NO BRASIL 
 

Para meditar hoje: http://jesusevida.blogs.sapo.pt/51226.html

 

O QUE É O ESPIRITISMO? Introdução

1. INTRODUÇÃO

"Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem não crê em Deus, o faz mentiroso, porque não crê no Testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. E o Testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho, possui a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida." (1Jo 5:10-12)

 

O objectivo deste estudo "O que é o espiritismo?" é resgatar, é procurar trazer de volta para os caminhos de Cristo, todos aqueles que, desconhecendo totalmente o Evangelho de Jesus Cristo e o poder de Deus, foram e são enganados pelos conceitos das doutrinas espíritas; e hoje, mergulhados na escuridão das trevas e ausência de Deus, acreditam, inocentemente, que seguem o mesmo caminho de Jesus, quando, na realidade, cultuam os espíritos das trevas, aqueles que, por sua soberba e liderados por Lúcifer, Príncipe das Trevas, foram todos derrotados por Deus e assim afastados definitivamente da sua glória e da sua presença.

 

Quando alguém é picado por uma serpente, é medicado com o antídoto extraído da própria serpente.

Assim também foi concebido este estudo: utilizamos citações dos próprios livros doutrinários do espiritismo e, fundamentados nas revelações da própria Palavra de Deus, a Bíblia, apresentamos as falsas interpretações espíritas.

"... quem não crê em Deus, o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho... "

Disso temos certeza: pelos conceitos doutrinários contidos nos livros consultados, nem Allan Kardec, nem Carlos Embassahy, nem Luís de Matos e os demais autores espíritas, acreditaram no testemunho que Deus deu a respeito do seu Filho Jesus.

 

Por isso, com relação aos ensinamentos bíblicos, esses homens não merecem crédito nem seguidores, pois afrontaram directamente a Deus.

Neste momento, rogamos de coração ao nosso Deus e Pai, que pela acção do Espírito Santo, conceda discernimento aos doutrinadores que ainda vivem, para que eles confessem em público a Jesus, como único caminho que nos conduz ao Pai, e peçam também perdão a Deus pelo estrago espiritual que já provocaram em milhares de almas, pois só assim participarão um dia do Reino de Deus e da Sua Eterna Glória. Amém.

 

2. A ORIGEM DO ESPIRITISMO

 O pensamento religioso budista da Índia, dissensão do hinduísmo e do Bramanismo, baseia-se no SAMSARA, isto é, o ciclo infinito de nascimentos, mortes e reencarnações dos seres vivos no mundo transitório.

A retribuição das acções cometidas, boas ou más, ou seja, o KARMA, é que determina o lugar de cada reencarnação, numa escala hierárquica onde inclui seres humanos, deuses e demónios infernais, fantasmas, animais, plantas e minerais.

Segundo o Budismo, a vida é, ao mesmo tempo, a continuação de vidas anteriores e a preparação de vidas futuras, onde o reencarnado pode passar por diversos estágios onde receberá, passivamente, o fruto de seus actos.

 

A única salvação deste ciclo infinito é chegar a um estado chamado NIRVANA (evasão da dor). Mas somente a minoria sábia pode saltar do Samsara para a salvação, enquanto a maioria dos seres continuará no seu ciclo.

A influência da filosofia oriental, principalmente o pensamento ateísta-agnóstico do Budismo, foi o caminho espiritual que inspirou muitas formas religiosas no oriente e no ocidente, onde o homem é apresentado como um ser iludido pelas paixões e interesses mundanos, podendo entretanto alcançar níveis de perfeição que o libertem da sequência de reencarnações que o prendem à vida.

 

Assim sendo, em meados do século XIX, a corrente espírita iniciada nos Estados Unidos e consolidada na França, através da formulação de Allan Kardec, coincide não só com as concepções do mundo de inspiração hindu, como também com as seitas concebidas na antiguidade, uma vez que a preocupação em manter contatos com os espíritos dos mortos fazia parte das práticas religiosas dos egípcios, caldeus, gregos e romanos. Já naquela época praticava-se a "magia branca" e a "magia negra". Quando alguém procurava entrar em contato com os espíritos dos mortos na intenção de ser beneficiado ou influenciado por eles, tinha-se a "magia branca" e, em caso contrário, tinha-se a "magia negra". O Egipto, país que deu ao mundo como herança macabra o "Livro dos Mortos", também base dos conceitos espíritas actuais, possui em toda a sua arte, literatura, ciência e religião, profundas influências nas crenças espíritas.

 

Continua: 3. O QUE É ESPIRITISMO

Alimento espiritual diário para meditar: http://jesusevida.blogs.sapo.pt/51170.html

Para meditar _ A quem falta o conhecimento espiritual, falta tudo.

"Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra." Salmos 73.25

 

O facto de se ouvir a Palavra de Deus, de lê-la, mas mesmo assim não vivê-la na prática é um perigo muito grande hoje em dia.

O que falta é conhecer ao Senhor em Espírito e não apenas com o raciocínio ou com as emoções.

A quem falta o conhecimento espiritual, falta tudo.

Nossos procedimentos exteriores podem corresponder perfeitamente à fé que temos em Jesus Cristo, mas assim mesmo o Senhor fala através de Oséias: "Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos."

Agora você pergunta: "Mas como posso conhecê-lO melhor?"

Eis a resposta: "O temor do Senhor é o princípio do saber."

E aquele que não conhece o Senhor, não consegue amá-lO profundamente.

Provávelmente uma pessoa assim, que não conhece o Senhor profundamente, sinta emoções e carinho pelo Senhor, mas falta o amor em espírito, que é uma realidade que supera a tudo na vida de uma pessoa.

Esta falta de amor ao Senhor se manifesta e se torna visível em sua vida por meio do seu amor próprio, que se expressa na sua vaidade, na sua impertinência, e na sua mania de sempre querer ter razão.

Mas o Senhor está muito à procura de pessoas que O amem de coração!

"O Senhor guarda a todos os que o amam."

Sim, em Deuteronômio 13.3 está escrito até que: "O Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma."

Extraído do livro "Pérolas Diárias" 

 

 

RAZÕES PARA CRER 3ª parte

Neste particular importa-nos salientar que passados 2.000 anos sobre os acontecimentos relatados e depois de um século XX absolutamente prodigioso nas suas realizações científicas e tecnológicas ainda os homens estão bem longe de competirem com o que Ele fez, com a agravante que nós estamos mergulhados num perigoso torvelinho de consequências ecológicas e só Deus sabe o que nos espera quando o homem entrar ainda mais pelos domínios da genética.

 

Por outro lado estas descobertas e os novos horizontes que rasgaram diminuíram em muito a posição dos que consideram como improvável os relatos bíblicos sobre os milagres de Cristo.

No plano do sobrenatural a ressurreição de Cristo surge como o clímax do qual tanto Ele mesmo como mais tarde os Seus seguidores fizeram depender a verdade, a realidade e a validade de tudo quanto disse ser, de tudo quanto viveu, de tudo quanto fez, de tudo quanto ensinou, de tudo quanto prometeu.

 

A ressurreição é apresentada como um facto inquestionável. O Deus encarnado, o Homem Deus entre os homens, o crucificado ressurrecto, é apresentado por testemunhas oculares que preferem morrer a negar o que viram e ouviram porque a vida não é mais a mesma, o sentido e o propósito da existência alteraram-se de tal forma que não faz sentido negar a evidência, não há nada que possa substituir, competir, ser alternativa ao que agora sabem, testemunharam experimentaram, vivem.

 

 Vale a pena morrer com a confissão de fé no Cristo crucificado e ressuscitado, assumpto aos céus e esperado com expectativa e iminência.

Toda a força da objectividade histórica é potencializada pela fé e pela experiência subjectiva da nova criação, do novo nascimento, de ser feito filho de Deus.

É toda uma cosmovisão que nos é proposta porque consubstanciada em Jesus Cristo, como Deus entre nós – Emanuel!

É o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. Tudo o que se possa dizer dir-se-á a partir d’Ele.

Quando nos concentramos na pessoa de Jesus Cristo somos elucidados a respeito da existência de Deus, Seus planos e propósitos, Sua natureza bem como acerca da cosmovisão e mundivisão, a resposta da nossa própria condição, história, origem e destino.

 

Deus é um Deus pessoal que se deu a conhecer, que se mostrou.

Deus é um Deus que ama incondicionalmente a Sua criatura.

Deus é um Deus de amor e justiça, de santidade e graça.

Deus é um Deus soberano que cria em liberdade e livre arbítrio.

Deus é um Deus criador distinto da sua criação mas comprometido com ela.

Deus é um Deus de graça que não pede o que não podemos dar, dá-nos o que não podemos merecer e não o que merecíamos.

Deus é um Deus que preside à criação, estabeleceu os princípios e modos de funcionamento do Universo, as consequências presentes e eternas dos actos humanos.

 

Deus é um Deus que determinou os tempos e os seus governos deixando o homem entregue à sua consciência, ao seu governo, à lei que Ele mesmo deu, à manifestação da graça por Jesus Cristo exposta pela Igreja até aos dias de hoje, e para o futuro deixa-nos entrever um período curto de tempo em que a Igreja e o Espírito serão retirados e as forças do mal agirão com limites mais alargados, seguido de um outro tempo em que os agentes do mal serão aprisionados e finalmente depois do Juízo Final serão constituídos novos céus e nova terra em que habitará a justiça, para todos os que receberam o perdão consumado por Jesus e de condenação eterna para quem O rejeitou.

  

Deus é um Deus transcendente e imanente, um Deus inefável mas ao mesmo tempo que se auto revelou.

Deus é um Deus que sabe o sabor das lágrimas, da rejeição, da injustiça, da tristeza, da dor, da miséria, da vulnerabilidade (quando podia pulverizar os Seus algozes), da morte, do pecado (sem pecado).

Deus é um Deus que prefere ser conhecido e reconhecido pelo Seu amor na cruz, do que pelo Seu poder acedendo à tentação de sair dela e deixar-nos eternamente condenados.

Deus é um Deus que sabe o que é ser homem.

Deus é um Deus que sabe o que é o mundo, a religião, a hipocrisia – não de longe, mas de conviver com ela e de ser vítima dela, embora prevalecendo contra ela em toda a sua extensão e dessa forma alcançando rotunda vitória para nós.

 

Não é por decreto que Deus acaba com o pecado porque teria que exterminar os pecadores.

Deus não aniquila o que cria, porque o faz com toda a disposição de ir até às últimas consequências.

Quando Deus cria já sabe que um dia no tempo se fará Homem e morrerá levando o pecado da Sua criatura.

Deus é um Deus que sabe o que é a obediência e a dependência (Jesus em relação ao Pai e ao Espírito Santo).

 Os princípios e valores que Deus determinou para a humanidade o Ele mesmo observou. A criação que Deus fez à Sua imagem e semelhança o próprio Deus assumiu em meio a uma humanidade corrompida e depravada.

As consequências que Deus determinou em relação à desobediência, Ele mesmo assumiu sobre Si para que todo o homem pudesse ser resgatado, justificado.

 

O homem foi criado... o homem não é um robô.

O homem caiu no uso do seu livre arbítrio.

O homem colhe as consequências do seu comportamento rebelde e desobediente.

O homem é responsável perante si e os outros, bem como e principalmente de Deus.

O homem peca porque é pecador. Os seus pecados são apenas os frutos de uma natureza pecaminosa. O novo nascimento é a metamorfose que representa uma nova criação e natureza, um novo relacionamento com Deus já não apenas de Criador e criaturas mas de Pai e de filhos. O pecado é a tragédia humana que a cruz de Cristo e a Sua morte e ressurreição resolveram para todos os que acolhem a salvação. Sem a cruz não há qualquer hipótese de salvação para o homem. Nela está bem expresso o amor e a justiça divinas, o quanto Deus nos ama e o quanto o pecado é destrutivo e ruinoso. Pior do que a sida, a lepra, o cancro, é o pecado que coloca o homem eternamente separado de Deus.

 

O Evangelho e a afirmação inequívoca de uma esperança absoluta independentemente da profundidade dos estragos causados pelo pecado.

Não há lugar a qualquer fatalismo.

Se nascemos como nascemos podemos ser de forma diferente pelo poder divino.

Se nascemos pecadores e portanto impossibilitados de conseguir viver sem pecado embora com uma consciência e com uma vontade que não nos deixam completamente à mercê da depravação total provocada pelo pecado original, em Cristo rompe a possibilidade de uma nova vida, de um novo comportamento, a partir de uma mudança operada por dentro, no coração, na essência espiritual.

Hoje e agora vivemos com as limitações de um mundo decaído, de uma sociedade corrompida, de um conflito interno com o velho homem, sob a pressão e tensão causada pelos ataques dos agentes espirituais do mal, mas com a presença do Espírito Santo que nos permite a vitória sobre a tentação, sobre o mal, sobre as paixões, sobre as inclinações da velha natureza.

 

Até quando suportaremos a dor e o sofrimento?

Até quando suportaremos a doença e as deficiências de um corpo sujeito à degradação desde o feto até à velhice e à morte?

Até quando suportaremos o espectro da morte e a separação dorida dos que amamos?

Até quando suportaremos a injustiça, a violência, a corrupção, a fome, a miséria, a prepotência?

Até quanto estaremos à mercê da guerra, das calamidades, das catástrofes, das hecatombes?

Até quando viveremos ameaçados pelas crises ambientais, pelo buraco do ozono, pelo aquecimento da atmosfera, pela destruição dos ecossistemas?

Até quando viveremos sob a ameaça nuclear, as armas químicas e biológicas?

Até quando aguardaremos pelo retorno de Jesus?

Até quando novos céus e nova terra em que habitará a justiça?

Até quando suportaremos a nossa própria vulnerabilidade, fragilidade, defeitos, incapacidades, falhanços, frustrações, fracassos, debilidades, insuficiências?

Até quando um novo corpo?

Até quando uma alma totalmente absorvida na Sua paz?

Até quando Deus disser basta!

 

Até lá é o tempo de esperarmos com paciência, de colaborarmos com todas as forças para contrariar os agentes da destruição e da morte, de anunciarmos a vida eterna alertando os homens para a realidade de que a vida é muito mais do que o hoje, a matéria, o consumo, o prazer egoísta.

Até lá somos chamados a amar os próprios inimigos, a perdoar “setenta vezes sete”, a renunciar todo e qualquer projecto individualista e egoísta, a morrer para tudo o que é mau, a viver para uma nova vida.

Até lá a palavra de ordem não é escapar, fugir às realidades, esconder-nos, abdicarmos, cedermos, pactuarmos, desistirmos.

Até lá habitados pelo Espírito Santo num relacionamento pessoal em espírito que antecipa a presença “face a face” sem qualquer véu ou distância.

Para sempre envoltos na Sua graça, no Seu amor, na Sua glória, na Sua majestade.

 

Autor: Samuel R. Pinheiro

RAZÕES PARA CRER 2ª parte

O MISTÉRIO QUE SOMOS

Somos um mistério.

Temos uma inteligência.

Perguntamo-nos sobre nós mesmos.

Questionamo-nos sobre a nossa identidade.

Temos sentidos, afectos, emoções.

Reagimos face ao que nos acontece.

Comunicamos o que nos atravessa a alma e corre pelo nosso pensamento.

 

AS ORIGENS _ O nada ou a matéria e a energia no princípio ou Deus.

A Bíblia afirma solenemente e assim nos abre a revelação: “No princípio Deus...” (Génesis 1:1). A Bíblia não se demora a tentar provar-nos que Deus existe apenas parte do que é evidente.

O que quer que seja colocado nas origens trata-se de um acto e decisão de fé.

Qual o peso das evidências científicas?

A questão parece mais de ordem filosófica que científica, ou melhor ainda a questão parece ser mais da ordem da fé. Os que optam pela matéria e a energia no fundo acabam por atribuir-lhe atributos divinos mesmo que em meio ao casual e ao acidente.

O modelo de uma geração espontânea ao longo de milhões de anos em relação ao aparecimento da vida, da inteligência, da consciência, da comunicação, do sagrado, da arte, da cultura e da civilização é, em termos de fé, muito mais “frágil” do que acreditar que no princípio Deus criou.

Não negamos que é uma afirmação da fé, mas esta parece-nos muito mais verosímil.

Mas ainda assim é pelo reconhecimento da figura de Cristo e da Sua autoridade singela, mansa e humilde que alcançamos a confiança da fé também neste domínio.

Como cristãos empunhamos a figura de um Homem que falou como nenhum outro, fez o que nenhum outro fez, morreu e ressuscitou como nenhum outro, alterou a História como nenhum outro.

 

O MOTOR DA HISTÓRIA _ O que os materialistas propõem no desenvolvimento do processo iniciado nas origens é a evolução em que predomina a selecção natural, a força, a violência, a destruição do menos apto.

O que o Evangelho propõe é a defesa do mais fraco, o amor incondicional ao desvalido, a protecção do desamparado.

 

O FUTURO DO FUTURO _ O que o materialismo tem para oferecer em termos de futuro é um negro pessimismo de uma morte sem retorno.

O que o Evangelho apresenta é a esperança de “novos céus e nova terra em que habita a justiça”.

 

DEUS NA HISTÓRIA _ Segundo o texto bíblico Deus é um Deus pessoal que se dá a conhecer na História, no tempo, na realidade dos factos, na pessoalidade, no contacto, na vivência, nas crises, nas dúvidas, nas interrogações, no questionamento, no confronto.

A tendência hoje é ou para desacreditar tudo ou para acreditar em tudo, para negar qualquer verdade ou para admitir tudo como verdade no campo religioso e espiritual, para rejeitar qualquer distinção entre bem e mal, certo ou errado ou para a aceitação de um legalismo fanático e fundamentalista na pior acepção do termo.

Neste cenário Jesus surge como uma ameaça e ao mesmo tempo como uma esperança, porque afirmando os valores espirituais e morais na Sua própria acção, abre uma nova oportunidade para todos os prisioneiros do fracasso espiritual e moral.

 

Este é, no meu entender, um aspecto muito importante e decisivo, porque apesar de assumir uma postura de absoluta conformidade aos mais elevados padrões éticos, de ter um ensino que se pauta por esses mesmo valores, Jesus acaba por ser e apresentar-se como o porto seguro em que encontram guarida todos os que se encontram mais distantes desses padrões.

 A sua própria morte é apresentada em termos de acolhimento dos marginalizados, dos pecadores e dos publicanos satisfazendo a justiça divina e lançando uma âncora de amor e perdão.

Quando falamos de Jesus Cristo talvez alguém pergunte afinal de que pessoa estamos a falar face à multiplicidade de retratos de perfis que d’Ele têm surgido em inúmeras polémicas, acesos debates, investigações e pesquisas tidas e apresentadas como científicas.

Convém desde logo dizer que não nos admira que sobre Ele tantas e tão díspares opiniões tenham surgido e continuem a surgir.

 

Não se trata de nada de novo. Já no Seu tempo de há 2000 anos atrás assim aconteceu.

Aliás biblicamente temos de uma forma bem nítida a percepção de quanto Deus gosta de nos surpreender, ou quanto é impossível aprisionar Deus num sistema.

Esta realidade está bem patente na dificuldade que muitos dos religiosos judeus tiveram em reconhecer e acreditar em Jesus Cristo face aos quadros que d’Ele fizeram não tanto através da revelação no Velho Testamento, mas das suas próprias interpretações, aspirações, pensamentos e ambições.

As disputas filosóficas, teológicas e históricas sobre Jesus Cristo nos últimos anos pretenderam estabelecer uma distinção entre o Jesus da história e o da fé, levantando suspeitas sobre a autêntica figura de Cristo e sobre a maneira de conseguir sintetizá-lo.

 

Diante dos textos do primeiro século que temos nas nossas mãos com as credenciais de vinte séculos de aceitação e como elementos estruturantes da Igreja desde o primeiro século, os críticos modernos armados da tesoura e cola dos seus pressupostos culturais pretendem distinguir o que eles julgam apriori seja a confusão entre Jesus e a interpretação da fé, o que Ele mesmo terá dito e o que outros colocaram na Sua boca e é mera invenção mística.

O próprio texto dá-nos margem de manobra para verificarmos que entre o que Jesus dizia e fazia e a leitura da Sua identidade e procedência é suficientemente grande para que uns O considerassem o Filho de Deus e outros agente de Belzebu ou seja do próprio Diabo.

 

Igualmente o próprio Cristo não se limitava a falar e a agir mas comunicava e interpelava os que O rodeavam a tirar ilações sobre quem Ele era.

Não desconhecendo esta polémica seguimos o partido da corrente histórica da Igreja ficando com o texto que nos foi legado por aqueles que com Ele conversaram e andaram, e acabaram por comprometer toda a sua vida e careira nesta terra ao ponto da sua própria vida como mártires, sem qualquer outra recompensa que não a de se amarrarem à verdade da Sua experiência e conhecimento, testemunhas oculares de factos que não podiam negar e mudaram completamente quem eles eram.

Reconhecemos que o texto dos Evangelhos nos levanta muitos e delicados problemas hoje como ontem face ao materialismo e naturalismo cada vez maior da nossa mentalidade e cultura.

 

Outra coisa não seria de esperar! O sobrenatural é para nós estranho e alheio, ultrapassa-nos, incomoda-nos mas também nos extasia e maravilha.

Veja-se o que acaba por acontecer com a ficção científica que projecta a capacidade tecnológica e não só para lá do imaginável.

Mas como poderia ser possível que Deus nos visitasse e não manifestasse entre nós o que está a anos luz da nossa realidade e possibilidade, sendo que tornou visível o normal do reino dos céus.

RAZÕES PARA CRER 1ª parte

UMA FÉ QUE PENSA – UMA RAZÃO QUE CRÊ

Desde os meus cerca de 15 anos que venho dedicando uma parte substancial da minha reflexão às razões e à defesa da fé cristã e bíblica.

Não o faço para crer mas porque creio.

Quanto mais creio mais estimulado me sinto a reflectir criticamente sobre o que creio e porque creio, e quanto mais estudo e investigo mais me sinto ignorante, frágil e vulnerável diante da grandeza do que sou chamado a crer.

 

A RAZÃO DAS RAZÕES _  De tudo o que tenho lido e conversado sobre a fé cristã mais se avoluma a convicção de que a razão das razões é pessoal e não meramente ideológica, filosófica, retórica, discursiva.

Mais que nunca para mim a defesa e a razão da minha fé estão focados em Jesus Cristo.

Esta constactação torna-se, na minha opinião, ainda mais interessante pelo facto de que Deus opta pelo contacto pessoal, mais do que por qualquer outra estratégia para se dar a conhecer, para conduzir-nos à fé, para desbloquear e ultrapassar as nossas naturais dificuldades de compreensão e para lembrar-nos que a vida cristã é, acima de tudo, relacionamento pessoal, intimidade, conhecimento que passa não apenas pela mente e pela razão mas também pelo coração.

Hoje estamos à distância de dois mil anos da Sua presença entre nós, mas a reivindicação bíblica continua a ser a da proximidade pela habitação em cada um que é discípulo de Cristo, do Espírito Santo – esse outro Consolador que nos foi dado quando Jesus regressou ao Pai.

 

O MAIOR _ Não me custa admitir que não conheço tudo o que há para conhecer em todas as culturas na sociedade globalizada em que vivemos, e sei de antemão que nenhum mortal se pode arrogar desse conhecimento.

Mesmo sabendo-me ignorante, em Jesus tenho Alguém que considero insuperável e insubstituível.

Não preciso de conhecer tudo para concluir que nada do que eu possa conhecer pode alguma vez superar ou sequer igualar Jesus Cristo.

Outro semelhante teria que ser Ele! Outro não poderia esconder-se e teria que ter tido um impacto universal! Como Ele só Ele – Jesus Cristo!

Também sobre Ele o que sei é apenas uma diminuta gota de água no que Ele é e representa na História da Humanidade e do universo.

Não sou filósofo, nem teólogo no sentido académico do termo. Ou seja, não tenho nenhum grau académico nestas, bem como noutras vertentes do saber, que são tão importantes e decisivas como o são a antropologia, a história, a psicologia, a psiquiatria, a sociologia, etc.

 

A MULTIDÃO DAS OPINIÕES E PONTOS DE VISTA _ O pouco que tenho lido e estudado é suficiente para constactar a diversidade de pontos de vista sobre as origens do homem, sua condição, sua natureza, seu sentido e propósito, seu destino, etc.

Não é fácil lidar com a diversidade de pontos de vista e das ideias sobre a matéria da nossa fé.

Como cristão não é fácil admitir que não sabemos tudo e não temos todas as respostas.

Mas quando nos aprofundamos nela vamos compreendendo que o mais importante não são as respostas, mas a Pessoa em toda sua complexidade, dinâmica, tensão e dever. Quando falamos na pessoa estamos a falar Dele e de cada um de nós.

Estou cada vez mais convencido nestas lides da fé que o relacionamento e a intimidade são nevrálgicos e essenciais.

 

UMA RAZÃO PESSOAL _ É na relação pessoal que acontece a fé, que ela surge, que ela desponta, que amadurece, que se recicla, que se renova, que se manifesta, que se prova, que age, que se transforma em prática e nos transforma.

A questão da existência de Deus é de facto determinante para a maneira como nos compreendemos, como vivemos, como olhamos para a História, como nos posicionamos face à eternidade, como reagimos perante a morte, como assumimos as nossas origens e a nossa identidade.

Tudo de alguma forma tem um formato diferente quando visto segundo o prisma da existência de Deus ou da não existência.

Não que quem creia seja superior ou melhor. Obviamente que também quando se fala em Deus se coloca a questão de que Deus estamos a falar face à disparidade de ideias e conceitos que existem sobre Ele nas diferentes religiões que existem.

É por isso que quando acolhemos a identidade divina de Jesus, encarnado no meio dos homens e na história humana, tudo o que podemos perguntar passa a ter uma formulação distinta e uma resposta pessoal em carne e osso.

Em Jesus podemos saber que Deus existe.

Em Jesus podemos saber afinal quem é Deus.

Em Jesus podemos saber qual é a Sua declaração sobre o estado em que nos encontramos.

Em Jesus podemos saber qual é o Seu propósito a nosso respeito.

Em Jesus podemos saber com o que é que podemos contar n’Ele.

Em Jesus podemos saber o que somos chamados a fazer.

Em Jesus podemos saber alguma coisa acerca das nossas origens, não de um ponto de vista científico mas em termos da nossa essência espiritual, no nosso habitáculo material e na relação que existe entre um e outro ao nível da alma.

Em Jesus podemos dizer um não categórico ao materialismo e ao humanismo.

Em Jesus temos a autoridade em quem podemos confiar inteiramente.

A matriz segundo a qual vivemos tem um papel crucial. A configuração do nosso pensamento depende da base de dados com que trabalhamos.

 

Continua:

Autor: Samuel R. Pinheiro

A RAZÃO DAS RAZÕES 2ª parte

Existem outras opções, outras propostas, outras alternativas, outros diagnósticos, outras explicações.

Que credenciais, que autoridade está por detrás de cada uma delas?

No que tange ao Evangelho, as credenciais de Cristo e da Sua autoridade são as maiores, ultrapassando tudo o que poderíamos imaginar.

Deus fez-se Homem perfeito e justo, irrepreensível. Viveu como Homem em meio à injustiça, à prepotência, sofrendo toda a sorte de tentações e sofrimento.

 

Foi rejeitado, maltratado, blasfemado, considerado louco, ameaçado; procuraram manipulá-lo; enfrentou toda a sorte de contrariedades. Viveu como homem no meio dos homens, entre os mais marginalizados.

Soube o que era a fome, a sede, o cansaço, a injustiça, a acusação falsa e finalmente uma das piores formas de morte violenta.

Como Homem amou incondicionalmente, agiu em função da graça e não do merecimento.

A fé era o Seu lema enquanto confiança, intimidade, relacionamento, dependência, disposição de acreditar na mudança, certeza no poder que não conhece limites e é capaz de alterar as circunstâncias e as situações.

 

Morreu pendurado numa cruz porque não abandonou a Sua missão. O Evangelho, como Boa Nova, cumpriu-se porque a morte não O pôde reter. Levantou-Se de entre os mortos.

O que parecia o fim, tornou-se apenas o princípio de uma nova História da qual podemos fazer parte activa vivendo e proclamando esta vida, esta esperança, este projecto, este ideal, esta nova realidade.

“Antes de tudo vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I Co 15:3,4).

A missão que só a Igreja pode cumprir é esta: declarar a salvação eterna que há graciosamente em Cristo!

Tudo o que se possa realizar só tem valor e sentido concentrado neste foco. Projectos culturais, sociais, éticos, legislativos têm razão de ser quando fundados na Razão das razões – Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador, Mestre e Modelo.

 

No restante há dificuldade em competir, o que não quer dizer que nos devemos demitir ou optar pela mediocridade.

Quando recentemente fui convidado a participar no programa televisivo Gregos e Troianos sobre o “Negócio do Sexo”, fiquei a pensar sobre o que temos a dizer e de que modo o devemos expressar.

Não é tarefa fácil principalmente porque o perfil do programa não convém ao esclarecimento das matérias, mas à confrontação e ao sensacionalismo fácil.

Não cheguei a uma conclusão definitiva.

Sempre que exista oportunidade devemos ter a coragem e a sabedoria de testemunharmos sobre Quem cremos e como vivemos.

Talvez a atitude mais sábia seja algumas vezes, o silêncio no que Jesus foi também exemplo excelente.

Acima de tudo penso não nos interessar o debate especulativo que não convence quem não deseja ser convencido, mas a “persuasão gentil” da esperança para todos quantos estão cansados, decepcionados, oprimidos, arruinados, enganados, espezinhados e querem uma oportunidade para começar de novo (o que já pode ser um reflexo da acção do Espírito).

 

Importa-nos dar eco hoje aos convites do Senhor Jesus Cristo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7:37,38).

 

Samuel R. Pinheiro