JESUS CRISTO _ O LÍDER PARA O SÉCULO XXI
Um século marcado pela necessidade de múltiplas mudanças e transformações.
Um século que requer uma nova atitude perante variados assuntos que vão desde a comunidade internacional, até ao coração de cada homem e mulher.
Numa sociedade e num tempo em que as propostas que entrechocam, onde as explicações e diagnósticos são díspares, em que as soluções se degladiam; a humanidade necessita de uma autoridade, de um líder, de alguém que tenha a propriedade para falar, para diagnosticar, parar apresentar a solução, para indicar os valores e os princípios a serem vividos.
Numa sociedade multicultural, com contrastes enormes em termos culturais, com tradições e heranças muitíssimo diferentes, precisamos de alguém que seja universal e tenha uma mensagem e linguagem que seja comum ao coração de todos os homens, de uma solução que passe por cima das diferenças e alcance aquilo que é comum levando-nos a viver segundo princípios absolutos, imutáveis e universais.
Numa sociedade em que as últimas explicações dos filósofos dá de caras com a morte e o nada e não consegue acender uma esperança que os transponha, e nos remeta para uma segurança e vida eterna.
Numa sociedade de consumo em que é já fácil de constatar que não são os bens de consumo que conseguem trazer paz e realização ao ser humano de forma integral, que o homem não pode ser reduzido aos cifrões, é preciso despertar para uma liderança que nos encaminhe para a realidade do ser muito mais e antes do ter.
Numa sociedade em que o comer e o beber, o divertimento e o prazer, ocupam os lugares cimeiros da ambição, em que se raciocina com base única e exclusivamente na dimensão material, do corpo e em que se pretende reduzir tudo aos mecanismos biológicos, às leis da física e da química, às componentes físicas, é preciso um líder que desvende e ilumine a nossa ignorância sobre a nossa dimensão espiritual e nos introduza nas qualidades do ser e da pessoa que nos distinguem da restante criação.
Numa sociedade em que as mega estruturas internacionais por um lado nos dão a impressão de que o nosso futuro está nas mãos de outros e que somos apenas simples elementos de uma engrenagem que não dominamos e da qual estamos à mercê, e que por outro nos parecem tão frágeis e inseguras para intervir e trazer a paz, a segurança, a justiça, o respeito pela dignidade humana, carecemos de um líder que esteja atento e tenha tempo para o cidadão anónimo, para a pessoa, para o marginalizado, para quem não consegue acompanhar o passa da competitividade, que não consegue atingir as plataformas do sucesso.
Numa sociedade em que o que somos e temos para ser o resultado matemático de forças cegas e ocultas, em que muitos se escondem, refugiam ou se entregam a um predeterminismo confrangedor, em que parece não existir saída, é necessário um líder cujo poder quebre as correntes que subjugam o indivíduo e o impedem de respirar a liberdade.
Numa sociedade em que a disparidade das religiões e dos seus deuses mostram por um lado a incapacidade de o homem através da sua mente ver Deus e por outro lado a rebeldia do homem em humildemente não reconhecer a sua necessidade de um revelação que lhe venha de fora e de cima, que ele não merece mas que tem que receber com gratidão, não com uma mente fechada, mas averiguadora; precisamos de Alguém que nos mostre quem Deus é dentro das nossas limitações, mas que simultaneamente as rompa e nos leva para além do que nós conseguimos por nós mesmos ver e discernir.
Numa sociedade em que os valores, os direitos, por um lado conseguem reunir consensos, mas por outro lado está provada a incapacidade colectiva e individual de a eles corresponder efectivamente, precisamos de Alguém que não se limite ao que merecemos e nos remeta para uma forma de ser e de estar que dependa da graça (favor imerecido), em que não recebemos em função dos méritos, das qualidades e capacidades, mas, todos por igual, face ao amor incondicional. Dizemos líder em consonância com uma linguagem mais useira e vezeira hoje em dia. Mas de facto do que estamos a falar é da nossa necessidade de nos voltarmos para Aquele que é o Salvador e Senhor, que tem um nome que é sobre todo o nome. O Líder que começa com a pessoa humana e nos muda por dentro.
Aquele que nos reconcilia com Deus, com o plano original da criação, com os nossos semelhantes, com a restante criação.
Por isso Ele é chamado de Salvador, porque efectivamente ele salva o seu povo do seu pecado. Ele dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. (Mateus 1:21)
O líder que sendo Homem, é o Deus eterno, que criou todas as coisas e perante o qual nada está oculto.
O líder que sendo o Criador, que criou o homem à Sua imagem e semelhança juntamente com o Pai e o Espírito Santo, sabe o quanto o homem decaiu dessa condição e é o único capaz de o voltar a trazer já não apenas como pessoa criada, mas como filho nascido de Deus. Da criação introduzindo-o na família divina.
O líder que sendo o Legislador não apenas do funcionamento do Universo é também o fundamento moral e espiritual da criação. Mas sendo o Legislador e conhecendo como o homem está afastado por dentro, no seu coração e vontade, na sua consciência e pensamento, da vontade de Deus, tomou o lugar do culpado, sofrendo na cruz toda a culpa e toda a sua penalidade. O líder que sendo o Senhor da História é capaz de dirigi-la para uma eternidade de paz, justiça, concórdia, amor e fraternidade, e que tem o poder de preparar outro espaço para a potestade do mal que instigou a rebelião humana e para todos os que desprezem a oportunidade que Deus oferece.
Samuel R. Pinheiro