Incoerências e única verdade? Proseletismo!
Cá em Portugal, temos um ditado muito antigo que reza assim: "Presunção e água benta, cada um toma a que quer!"
O Kardecismo não só comete a incoerência de se auto-denominar cristão, mas julga digna de nota uma certa mensagem mediúnica, segundo a qual, o kardecismo não é
uma instituição cristã igual às demais, nem tampouco a mais certa, e sim, a única verdadeira. Eis a prova: “... Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina...” (Obras Póstumas, Federação Espírita Brasileira, 26ª edição, página 308).
Mentira, engôdo, e falta de coerência, são sem dúvida a imagem de marca do Espiritismo. Quando seus seguidores gritam que espiritismo não é uma religião é porque ainda estão verdes na matéria. Isto, porque o espiritismo só mostra que é realmente uma religião exclusivista quando o "peixe" já está preso na rede. Até chegar a essa fase, o incauto pode continuar a ser católico, evangélico da treta, etc., é preciso ir com calma para não espantar a presa.
Necromancia (consulta aos mortos), mediunidade, reencarnação, etc., são crenças tão antigas que remontam a muitos milénios antes de Cristo. O primeira sessão espírita de que temos registo, aconteceu no Jardim do Éden! Eva foi enganada!
Contudo, na opinião pré-formatada dos kardecistas, Espiritismo mesmo é só o Kardecismo. Falta de sabedoria? Falta de informação? Ilusão?
Certa irmã em Cristo, ex– kardecista praticante, disse-me que há muitos anos “a Federação Espírita moveu uma acção judicial, no intuito de proibir que os terreiros de Umbanda e Candomblé continuem sendo identificados como centros espíritas, mas a justiça não lhe foi favorável”. De facto, o “jornal espírita”, órgão oficial da Federação Espírita do Estado de São Paulo, Abril de 1996, em um artigo intitulado “O primeiro espírita”, afirma textualmente: “... o primeiro espírita do mundo: Allan Kardec”. Além disso, na revista Época consta que, segundo a Federação Espírita Brasileira, “Chamar o espiritismo de kardecismo é [...] redundância” (Época, 03 de julho de 2006, nº 42413, página 71). Em outras palavras: Se é Espiritismo, é Kardecismo, e vice-versa. Ou melhor: Quantas mais vezes uma mentira for dita, maior a probabilidade de muitos a engolirem como verdade?
Ser kardecista implica em ser adepto de uma seita ambígua, exclusivista, hipócrita e incoerente. Até as seitas que, com o Kardecismo, formam farinha do mesmo saco, são rejeitadas. Claro que, no início, para enganar aqueles que estão a sofrer a perca de um ente querido, os espíritas dizem-lhes que podem continuar a seguir a religião onde estão e receber ajuda nos centros espíritas... as pessoas vão, na sua ignorância, e só sabem estas "verdades espíritas" quando a lavagem cerebral, levada a cabo pelos demónios que os possuem desde a primeira sessão está feita. A partir daí, só mesmo um milagre de Jesus Cristo para a pessoas escapar das garras de Satanás. Só depois de enredar as pessoas nas suas malhas é que o Diabo diz claramente: A “única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina”, é o Espiritismo, mas não um Espiritismo qualquer, e sim, um Espiritismo polido, brunido, refinado..., a saber: o Kardecismo e somente o Kardecismo. Umbanda, Candomblé, Vodu, Santo Daime, etc., estão fora.
Estimado leitor: não se deixe levar por esse negócio de “terceira revelação”.
Realmente, Deus foi Se revelando progressivamente nas páginas da Bíblia, mas, o Novo Testamento que é o fim de Suas revelações até ao momento, veio para ficar. Portanto, pelo menos até que Cristo volte, a presente Dispensação estará em vigor. Logo, nenhuma “novidade”, sob pretexto de uma tal “terceira revelação”, ou qualquer outra alegação, deve ser aceita. Isso é balela.
A Bíblia fala-nos da “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd.3). Neste caso, “fé” refere-se às doutrinas do Cristianismo na sua totalidade. E o
apóstolo Paulo, contrastando o Antigo Testamento com o Novo, nos diz que aquele era transitório, enquanto este permanece (2 Co.3:3-11); que “ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co.3:11); e que se ele ou os demais apóstolos, ou até mesmo se um anjo desça do Céu, pregando outro evangelho, deve ser anatematizado (Gl.1:8-9), isto é, amaldiçoado e excomungado da comunhão dos santos. É como nos disse o Senhor Jesus Cristo: “Mas o que
tendes, retende-o até que eu venha” (Ap. 2:25); “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim”, (Mt.24:46).
Isto mesmo, “servindo assim”, a saber, tal qual prescrito por Cristo há dois mil anos, e não à moda Kardequiana.