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Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

PERDOAR E ESQUECER?

"A quem Deus popôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé." _ Romanos 3:25

 

Alguém pode perguntar:

"Porque é que Deus não pode simplesmente perdoar o pecado de um homem e encerrar o assunto? As Escrituras ordenam-nos que perdoemos livremente, então porque é que seria errado para Deus fazer o mesmo? Há uma resposta tripla a essa pergunta:

 

Primeiro: DEUS NÃO É COMO NÓS. Ele é infinitamente mais digno do que todas as suas criaturas juntas. Portanto, Ele não só é JUSTO, mas também Lhe é necessário buscar a sua própria glória e defendê-la. Considerando quem Ele é, até mesmo a a menor forma de rebelião é uma ofensa grotesca contra a sua Pessoa, um crime de alta traição, digno da reprovação mais rigorosa. Se Ele permitisse que qualquer ofensa contra a sua Pessoa ficasse impune, seria uma injustiça dupla. Ele faria injustiça contra a sua própria divindade, negando a Si mesmo a glória que apropriadamente Lhe pertence.  Ele também cometeria injustiça contra a sua criação, permitindo que Lhe fosse negada a Sua própria razão de existir (i.e., a glória de Deus) e que corresse impetuosamente rumo à futilidade. Se isso é muito difícil de aceitar para o homem moderno, é-o somente porque ele possui uma visão trivial de Deus.

 

Segundo: Deus não pode simplesmente perdoar o pecado humano porque não há nenhuma contradição no Seu carácter. Ele não pode simplesmente negar a sua justiça a fim de manifestar o seu amor ao conceder perdão para o ímpio. Ele precisa ser tanto justo como amoroso, e Ele não pode ser uma à custa do outro. Muitos evangelistas bem intencionados declaram erroneamente às multidões perdidas que, em vez de ser justo com o pecado humano, Deus determinou que seria amoroso. A conclusão lógica é que o amor de Deus é injusto ou que Ele é capaz de desconsiderar a sua própria justiça em nome do amor.

 

Tal afirmação demonstra ignorância do evangelho e dos atributos de Deus. A maravilha do evangelho não é que Deus escolheu o amor em vez da justiça, mas que Ele permanece justo enquanto, em amor, concede perdão.

 

Terceiro: DEUS É O JUIZ DE TODA A TERRA. É sua função garantir a justiça, punir o mau e defender o que é certo. Seria tão inapropriado para o Juiz celeste perdoar o ímpio quanto seria para um juiz terreno perdoar um criminoso. Reclamamos frequentemente sobre a corrupção do sistema judiciário e incomodamos-nos quando os criminosos convictos são perdoados. Será que devemos esperar de Deus uma justiça menor do que aquela que esperamos dos nossos juízes? É uma verdade bem estabelecida que sem a aplicação da justiça todas as nações, povos e culturas cairiam rapidamente em anarquia e autodestruição. Se Deus ignorasse a sua própria integridade, concedesse perdão sem satisfazer a sua justiça e não proferisse nenhum juízo final, a criação simplesmente não conseguiria suportar tal situação.

 

Paul Washer - O Pode do Evangelho e a Sua Mensagem

Pág. 185-186 - O Dilema Divino

 

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O Dilema Divino

_ Como é que Deus pode ser JUSTO e, ainda assim, conceder perdão a homens preversos?

_ Não fará justiça o Senhor de toda a terra?

_ Pode um Deus JUSTO ser indiferente ao pecado ou varrê-lo para debaixo do tapete como se nunca tivesse acontecido?

_ Pode um Deus SANTO trazer homens iníquos à sua comunhão e ainsa ser SANTO?

 

No livro de Provérbios, as Escrituras apresentam a máxima que parece negar qualquer possibilidade de perdão divino ou da justificação de homens pecadores. Ele declara: "O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro." (Provébios 17:15)

De acordo com esse texto, qualquer um que justifique o perverso é uma abominação para o Senhor. A palavra "abominação" vem da palavra hebraica "tow`ebah", que denota algo que é deprezível e repugnante. É uma das palavras mais fortes do Antigo Testamento! A verdade comunicada é que Deus abomina e detesta qualquer pessoa, especialmente qualquer autoridade ou juíz, que justifique ou absolva uma pessoa culpada. Contudo, esse é o próprio tema da mensagem do Evangelho!

Ao longo da história, Deus fez exactamente isso. Ele justificou o perverso, perdoou as suas obras iníquas e cobriu os seus pecados.

_ Como é que Ele pode ainda ser JUSTO? A ilustração seguinte pode ajudá-lo a explicar o problema de forma mais clara. Imagine que um homem volta para casa ao fim do dia, e encontra toda a sua família assassinada no chão da sala, com o assassino ao lado deles, com sangue nas suas mãos. Suponha que tal homem captura o assassino e o entrega às autoridades com todas as evidências a depor contra ele. Suponha que no dia do julgamento do assassino, o juíz fizesse a seguinte declaração: "Eu sou um juíz muito amoroso, cheio de compaixão e misericórdia. Portanto, eu declaro-o "inocente" perante o tribunal de Justiça e livro-o de todas as penas da lei".

_ Qual seria a resposta da vítima a tal veredicto? Ele concordaria que a justiça foi satisfeita? De maneira nenhuma! Ele teria apelado contra a decisão do juíz em justificar aquele homem perverso e pediria a sua remoção imediata do cargo. Ele escreveria aos seus respsentantes, colocaria notas nos jornais e diria a todos os que pudessem ouvir que há um juíz muito mais corrupto e abominável do que o criminoso que libertou!

Provavelmente, concordaríamos todos com a sua avaliação; contudo, aí reside o problema. Se demandamos tal justiça de juízes terrenos, devemos esperar menos do Júiz de Toda a terra? Emprestanto as palavras do discurso de Eliú: "Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo Poderoso perverte o juízo". (Jó 34:12)

 

Pag. 183-185 _ O Dilema Divino

Paul Washer