Como Jesus explicou a Pedro...
Jesus Cristo é Deus! A Bíblia diz-nos:
“No princípio (Jesus Cristo) era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:1 e 14)
Antes de vermos mais passagens da Bíblia nas quais a Divindade de Jesus é revelada de forma inequívoca pelo próprio, convém percebermos que, se há coisa que Satanás deseja veementemente, é ver negada a Divindade do Senhor Jesus.
Todas as doutrinas que usam o nome de Jesus e se dizem cristãs, mas não o são, afirmam que Ele não é Deus. Por isso, os demónios, ensinaram a Kardec:
“Esta passagem dos Evangelhos [João 1.1,14] é a única que, à primeira vista, parece encerrar implicitamente uma ideia de identificação entre Deus e a pessoa de Jesus. Não exprimem senão uma opinião pessoal [de João]. Jesus pode, pois, estar encarregado de transmitir a palavra de Deus sem ser Deus” (Obras Póstumas, Alan Kardec, 1993, 1a edição, p. 145 e 146).
Poder até podia, mas, não era a mesma coisa!
E... infelizmente para Kardec, esta não é a única passagem dos evangelhos que afirma a divindade de Jesus Cristo e o identifica como Deus. Quanto a ser uma “opinião pessoal de João”, porque é que a opinião de Kardec, que viveu mil e muitos anos depois de João, seria mais credível do que a de uma testemunha ocular, um discípulo do Senhor Jesus?
Presunção é coisinha que nunca faltou a Kardec, mas a Bíblia diz-nos sempre a verdade. Ela é a Palavra de Deus e diz-nos quem é Jesus. Felipe, um dos apóstolos, pediu a Jesus Cristo:
“Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.” (João 14:8).
Jesus respondeu-lhe: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:9)
Ainda antes disto, correndo o risco de ser apedrejado até à morte pelos judeus, Jesus já lhes havia dito: “Eu e o Pai somos um”. (João 10:30). E vendo que eles, enraivecidos, pegavam em pedras para o apedrejar, perguntou-lhes: “Tenho-vos mostrado
muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?” (João 10:32).
Ao contrário de Kardec, os judeus perceberam claramente a declaração de Jesus e responderam: “Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfémia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.” (João 10:33)
Claro que os judeus já tinhtinham ouvido o Senhor Jesus afirmar: “Em verdade, em verdade vos digo, que antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58) e, como estudiosos das Escrituras, imediatamente perceberam que Jesus afirmava ser Deus e falava da sua igualdade com o Pai. Eles lembraram-se imediatamente das palavras ditas pelo próprio Deus: “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” (Êxodo 3:14)
No evangelho de Mateus, que Kardec não deve ter lido, e se leu, não entendeu ou ignorou, vemos a afirmação de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16) às palavras de Pedro, Jesus respondeu: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:17)
No Dicionário VINE, podemos ler: _”O título “O Filho de Deus”, não recusado por Jesus, designa uma relação eterna entre o Filho e o Pai na Deidade. O Verbo, isto é, o Filho, estava com Deus no princípio e era Deus. “Ele é considerado Filho, não porque em certo tempo começou a derivar Seu ser, do Pai (em tal caso, Ele não poderia ser co-eterno com o Pai), mas
porque Ele é e sempre foi a expressão do que o Pai é, (cf. João 14.9). As palavras em Hebreus 1.3: O qual [Jesus], sendo o resplendor da sua glória [de Deus], e a expressa imagem da Sua pessoa [de Deus], são definições do que significa Filho de Deus “. (Notes on Galatians, de Hogg e Vine, pp.99,100, citado pelo Dicionário VINE).
Como Jesus explicou a Pedro, não é a carne nem o sangue que nos revelam a divindade d’Ele, mas sim o Espírito Santo. Da mesma forma, nenhum demónio revela a divindade de Cristo, apesar que O conhecer e saber quem Ele realmente é.
Do livro: Espiritismo - Lógica? Razão? Coerência?