AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA _ DESMISTIFICAÇÃO
II - AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA
Controle universal do ensino dos Espíritos
Se a Doutrina Espírita fosse de concepção puramente humana, não ofereceria por penhor senão as luzes daquele que a houvesse concebido. (pg 28)(...) Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por mais rápido caminho e mais autêntico. Incumbiu, pois, os Espíritos de levá-la de
um pólo a outro, manifestando-se por toda a parte, sem conferir a ninguém o privilégio de lhes ouvir a palavra. (...) Ora, queimassem-se todos os livros e a fonte da doutrina não deixaria de conservar-se inexaurível, pela razão mesma de não estar na Terra, de surgir em todos os lugares e de poderem todos dessedentar-se nela. (...)
São, pois, os próprios Espíritos que fazem a propagação, com o auxílio dos inúmeros médiuns que, também eles, os Espíritos, vão suscitando de todos os lados. (...) O Espiritismo não tem nacionalidade e não faz parte de nenhum culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo.
Cumpre seja assim, para que ele possa conduzir todos os homens à fraternidade.
Se não se mantivesse em terreno neutro, alimentaria as dissensões, em vez de apaziguá-las. Nessa universalidade do ensino dos Espíritos reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua tão rápida propagação. (...) (pg 29)
Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares.( pg 31)
O que deu lugar ao êxito da doutrina exposta em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns foi que em toda a parte todos receberam diretamente dos Espíritos a confirmação do que esses livros contêm. Se de todos os lados tivessem vindo os Espíritos contradizê-la, já de há muito haveriam aquelas obras experimentado a sorte de todas as concepções fantásticas. (...) (pg 32)
A opinião universal, eis o juiz supremo, o que se pronuncia em última instância. Formam-na todas as opiniões individuais. Se uma destas é verdadeira, apenas tem na balança o seu peso relativo. Se é falsa, não pode prevalecer sobre todas as demais. Nesse imenso concurso, as individualidades se apagam, o que constitui novo insucesso para o orgulho humano. Já se desenha o harmonioso conjunto. Este século não passará sem que ele resplandeça em todo o seu brilho, de modo a dissipar todas as incertezas, porquanto daqui até lá potentes vozes terão recebido a missão de se fazerem ouvir, para congregar os homens sob a mesma bandeira, uma vez que o campo se ache suficientemente lavrado. Enquanto isso se não dá, aquele que flutue entre dois sistemas opostos pode observar em que sentido se forma a opinião geral; essa será a indicação certa do sentido em que se pronuncia a maioria dos Espíritos, nos diversos pontos em que se comunicam, e um sinal não menos certo de qual dos dois sistemas prevalecerá. (PG 36)
Nessa universalidade do ensino dos Espíritos reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua tão rápida propagação. (...) (pg 29)
Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de
grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares.( pg 31)
Pelo texto que lemos acima podemos verificar que a alegada autoridade da Doutrina Espírita prende-se no fato, segundo eles, de os seus ensinamentos terem origem em Deus, mas na verdade têm origem nos espíritos que se comunicam com os homens, através de médiuns e em diversos lugares. Entendem que pelo fato de não haver contradição em seus ensinamentos eles devem ser aceitos como verdadeiros.
A Palavra de Deus nos ensina através do apóstolo Paulo que: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.
Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.” (Gl 1.6-9).
Muitos poderão dizer que o E.S.E não se trata de um novo evangelho, pois, ao contrário dos Evangelhos contidos na Bíblia ele é composto apenas de textos que referem-se a aspectos morais, objetivando aos homens a conscientização da necessidade de se transformarem nesse aspecto para que através dessa mudança de pensamento e comportamento toda a humanidade seja alcançada.
Evangelho significa “boas novas” e com certeza ao editar o E.S.E, Allan Kardec desejou conceder à Doutrina Espírita um caráter religioso, que não pode ser percebido com toda a clareza nas outras obras da Codificação . Ao associar ensinamentos ou textos bíblicos esparsos e fora de contexto no inicio de cada capítulo do E.S.E com as orientações de espíritos “superiores” buscou preencher essa lacuna religiosa da Doutrina.
Afinal, sem os postulados ensinamentos de Jesus, seria muito difícil associá-la ao Cristianismo.
Como acontece em outras doutrinas que se utilizam do nome de Jesus para atrair seus adeptos, a Doutrina Espírita utiliza-se do mesmo procedimento, mas esquecendo-se dos demais ensinamentos contidos em toda a Palavra de Deus, que deve ser analisada em seu todo e não na parte que convém ou que melhor se
encaixa em nossos interesses pessoais.
Palavras doces e ensinamentos morais que devem ser inerentes a todo ser humano são mostrados como se fossem verdades novas, como se fossem ensinamentos próprios de pessoas que buscam progredir espiritualmente.
Como todo ensinamento humano ele começa a perder credibilidade quando estabelece datas para que seus postulados se concretizem.
Disse Kardec:
Este século não passará sem que ele resplandeça em todo o seu brilho, de modo a dissipar todas as incertezas, porquanto daqui até lá potentes vozes terão recebido a missão de se fazerem ouvir, para congregar os homens sob a mesma bandeira, uma vez que o campo se ache suficientemente lavrado.
Essa citação foi abordada em 1866, ou seja há 144 anos, essas incertezas a que ele se refere deveriam ter sido dissipadas há pelo menos 110 anos e como sabemos ela está longe de se concretizar.
Ao contrário do que afirma Kardec, a Palavra de Deus nos ensina que à medida que se aproximasse o retorno de Jesus, o mundo ficaria pior e não melhor, as pessoas seriam mais carnais e menos espirituais; por se multiplicar a iniquidade o amor de quase todos esfriaria (Mt 24.12).
Afinal, perguntamos: A alegada autoridade da Doutrina Espírita deve ser analisada pelos seus postulados ou pelos ensinamentos bíblicos? Dessa forma perguntamos ainda:
O Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo deve ser seguido e ensinado conforme o Espiritismo ou conforme a Bíblia?
Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo, entendemos que a Palavra de Deus é Única; é o manual de Deus para o homem e sendo assim devemos encontrar nEla o consolo e conforto que o Senhor nos garante. O mundo actual está repleto de autores que buscam levantar os caídos e consolar os corações aflitos com mensagens positivas de auto ajuda que não conduzem a lugar algum e ainda acabam fazendo com que os que buscam esse tipo de lenitivo para suas almas cansadas entendam que podem ser auto-suficientes em tudo, esquecendo-se de que devemos buscar o consolo naquele que realmente conhece os nossos corações e sabe do que necessitamos: Deus.
O Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre (1 Cr 16.34).
Que o Senhor, em quem não há sombra de variação (Ti 1.17) nos conduza com sabedoria e humildade ao longo desse trabalho.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos,Aprendiz de servo.
http://3arevelacao.blogspot.com/2010/06/autoridade-da-doutrina-espirita.html