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Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

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Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

Mentiras espíritas que até parecem verdade...

O espírita Samuel, neste comentário http://blogespiritismo.blogs.sapo.pt/299926.html?thread=1429142#t1429142, responde a uma resposta que eu lhe havia dado citando-a: "Quanto à lei divina de cada um colher o que semear, essa durará enquanto houver seres humanos nesta terra e, como só há uma vida, é nesta vida que se colhe o que se semeou "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," (Hebreus 9:27)."

E faz uma grande confusão na sua resposta:

Há muito criminosos que vivem uma vida tranquila e morrem de velhice. No Brasil, por exemplo, morreu recentemente um político em idade avançada, morte natural. Era conhecido como um corrupto que se tornou milionário desviando verbas públicas, faleceu desfrutando uma bela fortuna e com uma família o amparando nos seus momento finais. Nesse caso, não houve colheita, uma vez que sua espada foi o roubo, ele não morreu pobre nem miserável.

 

Na Palavra de Deus, esta ideia acerca dos ímpios é compartilhada pelo salmista: "Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros homens. Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno. Os olhos deles estão inchados de gordura; eles têm mais do que o coração podia desejar. São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente. Põem as suas bocas contra os céus, e as suas línguas andam pela terra. Por isso o povo dele volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem. E eles dizem: Como o sabe Deus? Há conhecimento no Altíssimo? Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas." (Salmos 73:2-12)

Mas, a verdade é-lhe revelada quando entra no santuário. Eis as suas palavras: "... então entendi eu o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles." (Salmos 73:16-20).

Portanto, as considerações do Samuel não passam disso mesmo... Quem é ele, ou nós, para sabermos o que vai na mente e no coração das pessoas? Como podemos dizer que os tais vivem vidas tranquilas? Deus diz-nos na Sua Palavra que tudo o que o homem semeia, colhe. Nesta vida, não em outras vidas que nunca viverão. O comentário prossegue: 

 

"Aqui a reencarnação mostra a justiça divina explicando que sua colheita se dará na próxima existência corpora, tendo uma vida de grandes dificuldades financeiras sendo privado até mesmo do necessário. Só pra citar um exemplo, existem vários casos no mundo de pessoas que praticam o mal e continuam tendo uma vida normal, até ótima."

 

Aqui, a reencarnação seria uma punição fora de prazo e que nada ensinaria ao dito cujo porque ele não se lembraria do mal que fez na vida anterior. Além disso, a reencarnação é uma doutrina hindu e não bíblica; e a justiça Divina não passa por adiar para outras vidas o pagamento pelo pecado. Deus é claro na Sua Palavra: quando o homem morre, o espírito vai imediatamente para o céu (se se arrependeu e confiou em Cristo como único Senhor e Salvador) ou para o inferno (se rejeitou a graça de Deus que "amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). O problema deste raciocínio é que, a ser verdadeiro, todos os pobres que nos rodeiam estão a pagar o mal que fizeram noutras vidas e a expiá-los, então, ao ajudá-los, estaremos a impedir a sua expiação!? 


"Concordo com Hebreus 9:27, a própria ciência prova que o corpo se decompõe após a morte. O juízo que advém esta em perfeita harmonia com o espiritismo, uma vez que, em cada desencarnação, o homem é chamado a prestar contas do bem ou mal que fez na Terra, conforme nos diz o próprio Paulo (2 Coríntios 5:10)."

 

Pois é... Mas o texto de Hebreus é muito claro! O escritor não fala no corpo que se decompõe, ele fala de julgamento após a morte do corpo e não de qualquer nova oportunidade pós-morte: "vindo depois disso [da morte] o juízo".


"Será que podemos encontrar a prova da reencarnação na Bíblia? Sem dúvida. Jó afirmou que veio nu e retornaria nu à pátria espiritual: “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó , Cap. I, 20-21)"

 

Pois é... Mas Jó não disse o que os espíritas pretendem que ele tenha dito. Ele não acreditava na reencarnação e é por isso que disse: "Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá." (Jó 7:9-10). Os espíritas fecham a Bíblia muito cedo.



“Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.” (Isaías, Cap. 48, 8) Ora, como pode um pessoa já ser transgressora, ou seja ter pecados antes do nascimento? Somente a reencarnação pode explicar este fato."

 

Não! O pecado é a explicação e não a reencarnação. Todos os descendentes de Adão são transgressores [pecadores] desde o ventre. Ninguém (excepto Jesus) nasce puro. Todos nascem pecadores e David sabia disso: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe." (Salmos 51:5), e ele também não acreditava em reencarnação: "Porém, agora que está morta (o filho bebé de David), por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim." (2 Samuel 12:23).

 

E tem mais:

“Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.” (Mateus, Cap. XVII, 10-13)
“ Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mateus Cap. XI, 7-15) (Marcos, Cap. IX, 11-13) Prova mais evidente que essas duas afirmações de Jesus é impossível. Jesus, sendo um espírito puro poderia saber da existência anterior de João Batista e disse claramente que as pessoas fizeram o que queriam com Elias mas que não o reconheceram, e também não poderiam pois Elias estava na forma do corpo de João Batista."

 

Pois... Mas não! Não quer dizer nada do que o espiritismo pretende e só é prova do desconhecimento bíblico dos espíritas. Primeiro, Elias não morreu, logo não podia reencarnar! Então, o que significam as palavras de Jesus? Malaquias profetizou: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;" (Ml 4:5)

 

Será que esta profecia queria dizer que Elias iria reencarnar? Vejamos:

Elias foi um dos maiores profetas que já viveram em Israel (a sua historia está registada em 1 Reis 17 e 2 Reis 2). Com a morte de Malaquias, a voz dos profetas de Deus ficaria em silêncio durante 400 anos. Então, viria um profeta, como Elias, para anunciar a vida do Messias. Este profeta foi João Baptista. Ele preparou o coração do povo para a chegada de Cristo, ao exortá-lo a arrepender-se dos seus pecados. Com base nesta profecia de Malaquias, os mestres da lei do Antigo Testamento acreditavam que Elias deveria aparecer antes da chegada do Messias, não porque eles acreditassem na reencarnação, mas porque todos sabiam que Elias não tinha morrido, antes fora arrebatado vivo ao céu numa carruagem de fogo perante os olhos de cinquenta pessoas: “E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe: e assim ambos pararam junto ao Jordão." (2 Reis 2:7).

E de Eliseu: "E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho." (2 Reis 2:11)

Em Mateus 17:10-12, Jesus referia-se a João Baptista e não ao profeta Elias. João Baptista tinha assumido  o papel profético de Elias, confrontando corajosamente o pecado e conduzindo o povo a Deus. Malaquias tinha profetizado que, um dia, um profeta como Elias haveria de manifestar-se.

 Lucas disse: "E [João Baptista] irá adiante dele [do Senhor Jesus] no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." (Lc 1:17)

As palavras de Lucas  falam-nos do ministério idêntico de ambos e não de reencarnação. Se seguirmos a linha de pensamento de Kardec, teremos de admitir que era Eliseu e não João Baptista a reencarnação de Elias, porque a Bíblia diz-nos que: “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte dele em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu” (2 Reis 9:15). Vejamos as semelhanças de ministério entre Elias e João Baptista:

 

Elias

_Profetizou em tempos de total apostasia

_Profetizou para o povo se arrepender e voltar para Deus

_Vestia –se com roupa de peles de animais

_ O rei Acabe tinha medo de Elias

_ Jezabel pediu a vida de Elias

 

João Baptista

_Pregava sobre o arrependimento e castigo em tempos de apostasia

_Pregava para o povo se voltar para Deus

_Vestia-se com peles de animais

_O rei Herodes tinha medo de João

_Herodias pediu a vida de João

 

Quando perguntaram a João Baptista se ele era Elias, ele foi claro: "Não sou." (Jo 1:21). Na mente dos líderes religiosos, havia quatro opções acerca da identidade de João Baptista. Talvez ele fosse:

  • O profeta predito por Moisés: "O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;" (Dt 18:15).
  • Elias: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;" (Ml 4:5).
  • O Messias: "e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo," (Lc 3:15). 
  • Um falso profeta: "És tu profeta? E respondeu: Não. (Jo 1:21).

João negou ser qualquer um deles. Ele revelou a sua função de acordo com as predições do profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus." (Is 40:3). 

Os líderes pressionavam João a dizer quem era porque o povo esperava o Messias: "E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo," (Lc 3:15). Mas João enfatizou apenas o que tinha vindo fazer: preparar o caminho para o Messias.”

 

Quando Jesus comparou João Batista a Elias, os discípulos tinham acabado de ver Elias e Moisés no monte da transfiguração.  E é exactamente aqui  que há há mais um problema para os espíritas:

_ Se Elias fosse João Baptista reencarnado eles entrariam em contradição com a sua própria doutrina, veja:

 Quando Elias aparece no monte da transfiguração, João Baptista  já tinha sido decapitado a mando de  Herodes, portanto estava morto. Ora, o próprio Kardec afirmou que: "a reencarnação é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e que nada tem de comum com o antigo".

Se este ensino é verdadeiro, como é que Elias apareceu no velho corpo na transfiguração?

 

Não apareceu porque a reencarnação não existe!

 

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A tampa da caixa da profecia

Vimos diversas passagens do AT que são claras predições sobre o Messias.
Elas foram cumpridas somente por Jesus Cristo. Contudo, os cépticos são rápidos em destacar que algumas outras profecias citadas como messiânicas são tiradas do contexto ou não estão realmente a predizer o futuro. O Salmo 22, por exemplo, diz: "Perfuraram minhas mãos e meus pés". Muitos cristãos dizem que esse versículo é uma referência à crucificação de Cristo, o que não era sequer um meio de punição nos dias de Davi (o autor do salmo). Mas os cépticos acusam-nos e afirmam que Davi está a falar sobre si mesmo, não de Cristo, de modo que qualquer aplicação messiânica é ilegítima. Existem três possibilidades aqui:

Em primeiro lugar, alguns estudiosos cristãos concordam com os cépticos em versículos como esse. Eles dizem que o Salmo 22 não tinha o propósito de ser preditivo (é claro que, mesmo que eles estejam certos, existe uma grande quantidade de versículos que são claramente preditivos, como já vimos anteriormente) .

 

Em segundo lugar, outros estudiosos cristãos destacam que algumas profecias bíblicas podem aplicar-se a duas pessoas diferentes em dois momentos distintos. Tanto Davi quanto Jesus certamente tiveram inimigos e dificuldades na vida, conforme expresso no Salmo 22. Desse modo, porque é que o Salmo não poderia ser verdadeiro com relação a Davi e a Jesus?

 

A terceira opção — que nos parece a mais plausível — é que o Salmo 22 é uma predição unicamente sobre Jesus. Afinal de contas, o salmo contém várias referências directas à experiência de crucificação de Cristo. Ele começa com o seu clamor na cruz — "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?" (SI 22.1; cf. Mt 27.46) — e prossegue descrevendo outros acontecimentos associados à crucificação, incluindo: o escárnio, a zombaria e os insultos dos seus acusadores (v. 6,7); a sua sede (v. 15); as suas mãos e pés perfurados (v. 16); os ossos não quebrados (v. 17); as suas roupas divididas (v. 18); o facto de os seus inimigos lançarem sortes para disputar a posse das suas roupas (v. 18); o resgate final feito pelo Senhor (v. 19) e até mesmo o seu louvor público a Deus diante de seus compatriotas depois do seu resgate (v. 22).

Isso é muito mais do que coincidência e leva-nos a crer que Cristo é realmente aquele de quem todo o Salmo está a falar. Noutras palavras, embora Davi tenha escrito o Salmo, Cristo é aquele que está a falar. Isso não é algo sem precedentes. No salmo 110, Deus Pai está, na verdade, a ter uma conversa com Deus Filho.
O céptico pode dizer: "Mas você só está a interpretar o Salmo 22 dessa maneira porque sabe o que aconteceu a Cristo. Provavelmente não teria sido aparente a alguém que vivesse na época do AT que o Salmo 22 estivesse a falar sobre Cristo".

 

A tal questionamento, respondemos: «mesmo que isso seja verdade, e daí?»
Pode ser verdade que certas profecias messiânicas do AT se tenham tornado claras apenas à luz da vida de Cristo. Mas isso não significa que tais profecias sejam menos impressionantes. Veja da seguinte maneira: se não podemos fazer as peças de um quebra-cabeça terem sentido sem a tampa da caixa, por acaso isso significa que ninguém criou o quebra-cabeça? Não. Isso significa que não existe um projecto no quebra-cabeça? Não. De facto, assim que se vê a tampa da caixa, rapidamente se percebe não apenas de que maneira os pedaços se encaixam, mas quanto projecto foi requerido para planear as peças dessa maneira. Do mesmo modo, a vida de Jesus serve como a tampa da caixa para muitas peças do quebra-cabeça profético encontrado por todo o AT. De facto, um estudioso da Bíblia identificou 71 profecias messiânicas do AT cumpridas por Cristo, algumas das quais iluminadas pela luz da vida de Cristo.


Alguns já resumiram essa questão da seguinte maneira: no AT, Cristo está oculto; no NT, ele é revelado. Embora muitas profecias sejam claras de antemão, algumas só podem ser vistas à luz da vida de Cristo. Aquelas que se tornam claras depois de Cristo não deixam de ser um produto do projecto sobrenatural como o são aquelas que já estavam claras antes de Cristo.

 

Próximo post: JESUS É DEUS?

 

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As Profecias Messiânicas estavam para se cumprir

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O caso profético em defesa de Cristo é fortalecido ainda mais quando percebemos que o AT predisse que o próprio Deus seria trespassado, como aconteceu quando Jesus foi crucificado. Conforme registado por Zacarias, profeta do AT (também escrito bem antes de Cristo), Deus diz: "E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de acção de graças e de súplicas. Olharão para mim, aquele a quem trespassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e se lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho (Zc 12.10).
Mais tarde, Zacarias prediz que os pés do Senhor "estarão sobre o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém" (Zc 14.4). Essas predições referem-se à segunda vinda de Cristo, mas a referência a Deus ter sido "trespassado" (i.e., crucificado) pela "família de Davi e [ ... ] os habitantes de Jerusalém" obviamente está relacionada à sua primeira vinda. De facto, o apóstolo João cita Zacarias 12.10 como um texto profético sobre a crucificação (Jo 19.37).

Podemos ver porque é que Barry percebeu que estava "numa tremenda enrascada”.

 

Essas profecias messiânicas são muito mais do que coincidências. Elas estão muito além do que qualquer paranormal possa prever? Alguma coisa verdadeiramente sobrenatural está acontecendo aqui, mas muitos de seus colegas judeus não viram. Barry percebeu que, ainda que os judeus estejam esperando um Messias político, deixaram de reconhecer que o Messias precisaria vir em primeiro lugar como um cordeiro para ser sacrificado pelos pecados do mundo (Is 53.7,11,12; Jo 1.29).
Um tanto intrigado, Barry entrou novamente em contacto com Hal. Eles reviram as profecias messiânicas mais uma vez, particularmente Isaías 53. Então, Hal ofereceu a Barry um pequeno livro.

— Este é o relato da vida de Jesus feito por um jovem que o conheceu e que o seguiu, disse Hal. Porque é que você não lê e depois me diz o que pensa sobre isso?

Depois de abrir o livro, Barry não conseguiu mais largá-lo. A história tinha muitos elementos judaicos, desde sacerdotes à Páscoa. Esse Jesus era uma figura impressionante — alguém que realizava milagres, tinha grandes insights e falava com autoridade mas também com bondade.
Barry não sabia disso naquela época, mas ele estava a ler o evangelho de João.

O jovem foi particularmente tocado pelo dom gratuito da salvação eterna que Jesus oferece a qualquer um que o receba. "Sempre precisei de me esforçar para ganhar tudo o que eu quis na vida', lembra-se Barry. "Contudo, ali estava Jesus, oferecendo-Se a si mesmo e a todos os seus melhores presentes, para agora e a eternidade, como um dom gratuito do seu amor. Quem não gostaria de aceitar tal oferta?"

Já era Abril, e mais de três meses se tinham passado desde a gloriosa vitória no Rose Bowl. "De repente percebi que nenhuma daquelas coisas tinha sobrevivido ao teste do tempo, quanto mais ao teste da eternidade", lembra-se Barry. "Isso foi-me claramente demonstrado pela própria vitória no Rose Bowl. Apenas alguns poucos meses depois do acontecimento mais significativo da minha vida — e talvez de toda a minha vida -, toda a glória, tudo o que estava envolvido, estava a desaparecer lentamente numa lembrança distante.
"Isso é tudo o que há na vida?", pensou Barry. Então lembrou-se de que Jesus, o Messias, estava a oferecer vida eterna! Barry soubera intelectualmente que Jesus era o Messias algumas semanas antes, quando encontrou aquelas profecias messiânicas no seu próprio Tànach. Mas acreditar que Jesus era o Messias não era suficiente (afinal de contas, até mesmo os demónios sabem que Jesus é o Messias — Tg 2.19). Barry precisava de acreditar em Jesus como o Messias. Com o objectivo de aceitar o dom gratuito da salvação eterna que o livraria da merecida punição, Barry precisava de dar um passo por sua própria vontade, não apenas com a sua mente. Afinal de contas, não seria amoroso da parte de Deus forçar Barry a ir para o céu contra a sua vontade.
Na tarde de 24 de Abril de 1966, Barry estava pronto para agir de acordo com aquilo que as evidências lhe mostraram que era verdadeiro. Ajoelhou-se ao lado da sua cama e orou: "Jesus, eu creio que você é o Messias prometido ao povo judeu e ao mundo todo e, desse modo, a mim também; creio que você morreu por meus pecados e que reviveu dos mortos para sempre. Desse modo, eu agora recebo-o em minha vida como meu Salvador pessoal e Senhor. Obrigado por morrer no meu lugar".

Hoje, Barry diz: "Não houve relâmpago nem trovão, mas apenas a sua presença pessoal e a paz que prometera, que não me deixou desde aquele dia".

Desde a sua notável descoberta, Barry tem alcançado o povo judeu com a verdade de que o Messias já veio. As evidências dessa verdade estão nas suas próprias Escrituras! O exame das evidências dessas Escrituras é o foco do Southern Evangelical Seminary, próximo da cidade de Charlotte, Carolina do Norte, Estados Unidos, onde Barry trabalha actualmente como deão académico e professor.

 

Próximo Post: A TAMPA DA CAIXA DA PROFECIA

 

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Só Jesus acerta o alvo na mosca

Se Isaías 53 fosse a única passagem profética do AT, já seria suficiente para demonstrar a natureza divina pelo menos do livro de Isaías. Mas existem várias outras passagens no AT que predizem a vinda de Jesus Cristo ou são por fim cumpridas por Ele. Podemos ver essas passagens na tabela 13.1.

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Pergunta: Quem, em toda a história do mundo,
1. é da descendência (semente) de uma mulher;
2. é da descendência de Abraão;
3. é da tribo de Judá;
4. é da linhagem de Davi;
5. é tanto Deus quanto homem;
6. nasceu em Belém;
7. foi precedido por um mensageiro e visitou o templo de Jerusalém antes de ser destruído no ano 70 d.C.;
8. morreu no ano 33 d.C. 292
9. ressuscitou dos mortos (Is 53.I!)?

 

Jesus Cristo de Nazaré é o único candidato possível. Somente Ele acerta o alvo na mosca. É claro que o caso é fortalecido ainda mais quando consideramos outros aspectos de Isaías 53. Jesus também satisfaz todos esses critérios.

 

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O Servo Sofredor - 2ª parte

Para aqueles que querem ouvir, Larry R. Helyer realiza um trabalho primoroso de resumir as características e as realizações do Servo de Isaías. Começando com o primeiro Cântico do Servo no capítulo 42, Helyer faz as seguintes observações com respeito ao Servo:

1. ele é escolhido pelo Senhor, ungido pelo Espírito e recebe a promessa de sucesso na sua empreitada (42.1,4);
2. a justiça é uma preocupação fundamental no seu ministério (42.1,4);
3. o seu ministério tem uma abrangência internacional (42.1,6);
4. Deus predestinou-o para o seu chamado (49.1);
5. ele é um mestre talentoso (49.2);
6. ele enfrenta desânimo no seu ministério (49.4);
7. o seu ministério estende-se aos gentios (49.6);
8. o Servo encontra forte oposição e resistência aos seus ensinamentos, até mesmo de natureza fisicamente violenta (50.4-6);
9. ele está determinado a completar aquilo que Deus o chamou para fazer (50.7);
10. o Servo tem origens humildes, com poucas possibilidades exteriores de sucesso (53.1,2);
11. ele experimenta sofrimento e aflição (53.3);
12. o Servo aceita o sofrimento vicário em favor de seu povo (53.4-6,12);
13. ele é morto depois de ter sido condenado (53.7-9);
14. incrivelmente, ele volta à vida e é exaltado acima de todos os governantes (53.10-12; 52.13-15).


Além das observações de Helyer, notamos que o Servo também não tem pecados (53.9).
Uma simples leitura superficial dessa passagem deveria deixar poucas dúvidas de que o Servo Sofredor é Jesus. De facto, a interpretação judaica tradicional das passagens do Servo era que elas prediziam o Messias que estava por vir. Ou seja, quando os judeus começaram a ter mais contacto com apologistas cristãos há cerca de mil anos atrás, reinterpretaram o Servo Sofredor sendo a nação de Israel.

O primeiro judeu a afirmar que o Servo Sofredor era Israel, em vez do Messias, foi Shlomo Yitzchaki, mais conhecido por Rashi (c. 1040-1105). Actualmente a visão de Rashi domina a teologia judaica e rabínica.
Infelizmente para Rashi e muitos teólogos judaicos actuais, existem pelo menos três erros fatais quanto à afirmação de que Israel é o Servo Sofredor. Em primeiro lugar, diferentemente de Israel, o Servo não tem pecado (53.9). Dizer que Israel é sem pecado é contradizer e negar praticamente todo o AT. O tema recorrente do AT é que Israel pecou ao quebrar os mandamentos de Deus e buscar outros deuses, em vez de seguir o único e verdadeiro Deus. Se Israel não tinha pecados, então porque é que Deus conferiu aos judeus um sistema sacrificial? Porque é que tinham um Dia da Expiação? Porque é que precisaram constantemente de profetas para os advertir a pararem de pecar e a voltarem-se para Deus?
Em segundo lugar, diferentemente de Israel, o Servo Sofredor é um cordeiro que se submete sem nenhuma resistência que seja (53.7). A história mostra-nos que Israel certamente não é um cordeiro — ela não afirma isso com relação a ninguém.

 

Em terceiro lugar, diferentemente de Israel, o Servo Sofredor morre em expiação substitutiva pelos pecados dos outros (53.4-6,8,10-12). Mas Israel não morreu nem está a pagar pelos pecados de outros. Ninguém é redimido em função daquilo que Israel faz. As nações e os indivíduos que as compõem são punidos pelos seus próprios pecados.

Essa interpretação mais recente de Isaías 53 parece ser motivada pelo desejo de evitar a conclusão de que Jesus é realmente o Messias que fora predito centenas de anos antes. Mas não há maneira legítima de evitar o óbvio. Lembre-se: o grande rolo de Isaías foi escrito cerca de 100 anos antes de Cristo, e sabemos que o material que ele contém é ainda mais antigo. A Septuaginta, a tradução do AT hebraico (incluindo todo o livro de Isaías) para o grego, é datada de cerca de 250 a.C. Desse modo, o original hebraico deve ser ainda mais antigo. Além disso, manuscritos ou fragmentos de manuscritos de todos os livros do AT, com excepção de Ester, foram encontrados nos Manuscritos do mar Morto. Assim, não há dúvida de que o AT, incluindo a passagem do Servo Sofredor, é anterior a Cristo em várias centenas de anos.

 

Próximo post: Acertando o alvo na mosca

 

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O Servo Sofredor - 1ª parte

Em Março de 1947, um jovem pastor árabe (Muhammad adh-Dhib) cuidava das suas ovelhas a cerca de 12 quilómetros ao sul de Jericó e a 1 quilómetro e meio a oeste do mar Morto. Depois de atirar uma pedra na direcção de uma cabra desgarrada, ouviu o som de cerâmica a partir-se. O que se seguiu foi uma das maiores descobertas arqueológicas de todos os tempos: os Manuscritos do mar Morto.
Em escavações nas cavernas da área feitas em 1956, diversos rolos e milhares de fragmentos de manuscritos foram encontrados em potes de cerâmica que foram colocados ali cerca de 2 mil anos antes por uma seita religiosa judaica conhecida como os essênios. Os essênios existiram como grupo de 167 a.C. até 68 d.C. Eles romperam com as autoridades do templo e estabeleceram a sua própria comunidade monástica no deserto judaico perto de Qumran.
Um dos seus rolos encontrados em Qumran é hoje conhecido como o grande rolo de Isaías. Datado do ano 100 a.C., esse rolo com 7,3 m de comprimento é o livro completo de Isaías (todos os 66 capítulos) e é o mais antigo rolo bíblico existente. [1] O rolo, actualmente, está protegido num cofre em algum lugar de Jerusalém, mas uma cópia dele está à mostra no Museu do Livro, em Jerusalém.

A importância dessa descoberta reside não apenas no facto de o rolo ser anterior a Cristo e estar em boas condições, mas por conter talvez a mais clara e mais completa profecia sobre a vinda do Messias. Isaías chama o Messias de "Servo do Senhor" e começa a referir-se ao Servo no capítulo 42, naquilo que é conhecido como o primeiro "Cântico do Servo". Contudo, o Servo é mais comummente tratado como o "Servo Sofredor", por causa da vívida descrição de sua morte sacrificial encontrada em Isaías 53.
Enquanto lê esta passagem (52.13-53.12), faça a você mesmo a seguinte pergunta: a quem se refere o texto?

 

(52.13) Vejam, o meu Servo agirá com sabedoria; será engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado.
(14) Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante dele; sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano;

(15) de igual modo ele aspergirá muitas nações, e reis calarão a boca por causa dele. Pois aquilo que não lhes foi dito verão, e o que não ouviram compreenderão.
(53.1) Quem creu em nossa mensagem? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
(2) Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia na sua aparência para que o desejássemos.
(3) Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
(4) Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido.
(5) Mas ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
(6) Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviámos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.
(7) Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.
(8) Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.
(9) Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido nenhuma violência nem houvesse nenhuma mentira em sua boca.
(10) Contudo, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o SENHOR tenha feito da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do SENHOR prosperará em sua mão.
(11) Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu Servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles.
(12) Por isso eu lhe darei urna porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os forres, porquanto ele derramou sua vida até a morre, e foi contado entre os transgressores. Pois ele levou o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.

 

A quem é que tu achas que isso se refere? Barry tinha uma boa idéia de quem era. Lendo no seu próprio Tanach, ele ficou chocado com os paralelos em relação a Jesus, mas estava um pouco confuso. Queria dar ao seu rabino uma chance para que lhe explicasse isso.
"Lembro-me muito bem da primeira vez que confrontei seriamente Isaías 53 ou, melhor ainda, da primeira vez que ele certamente me confrontou", explica Barry. "Bastante confuso quanto à identidade do Servo em Isaías 53, fui até ao meu rabino e disse-lhe:"
— Rabino, eu encontrei algumas pessoas da escola que afirmam que o assim chamado Servo de Isaías 53 é ninguém menos do que Jesus de Nazaré. Mas eu gostaria de saber de si, quem é esse Servo de Isaías 53? — Barry ficou surpreso com a resposta:
— Barry, devo admitir que, quando leio Isaías 53, realmente parece que o texto está a falar sobre Jesus, mas, uma vez que nós, judeus, não acreditamos em Jesus, o texto não pode falar de Jesus — respondeu o rabino.
Barry não sabia muita coisa sobre lógica formal naquele momento, mas sabia o suficiente para dizer a si mesmo: "Isso não parece kosher para mim! O assim chamado raciocínio do rabino não apenas parecia circular, mas evasivo e até mesmo temeroso".

Hoje, Barry observa: "O pior surdo é aquele que não quer ouvir".

 

Continua: 

Do livro:

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O Messias e a "Bíblia Falsa"

No começo de 1966, o jovem judeu Barry Leventhal estava no auge. Como atacante e capitão da equipa de futebol americano da UCLA, Barry acabara de levar a equipa dessa universidade — que todos achavam que ficaria em último lugar naquele ano — a vencer pela primeira vez no Rose Bow1. 


"A minha vida era fantástica!", relembra ele. "Eu era um herói. As pessoas amavam-me. A minha comunidade judaica escolheu-me como atleta nacional do ano. Eu estava a desfrutar toda a glória disso."
Logo depois da vitória no Rose Bowl, Kent, o melhor amigo de Barry, disse-lhe que havia conhecido Jesus Cristo de maneira pessoal.
"Eu não tinha a menor idéia do que é que Kent estava a falar", disse Barry. "Sempre achei que ele era cristão. Além do mais, tinha nascido num lar cristão, assim como eu havia nascido num lar judeu. Não é dessa maneira que uma pessoa encontra a sua religião particular? Você herda-a dos seus pais."
Mas Barry estava intrigado pela mudança na vida de Kent, especialmente quando Kent lhe disse:
— Barry, eu quero que tu saibas que agradeço a Deus todos os dias pelos judeus.
— Mas, porque é que fazes isso? — perguntou Barry. A resposta de Kent foi uma total surpresa para ele.
— Sou grato a Deus todos os dias pelos judeus por duas razões — começou Kent. — Em primeiro lugar, porque Deus os usou para me dar a Bíblia. Em segundo lugar, e mais importante, Deus usou os judeus para trazer o seu Messias ao mundo, aquele que morreu pelos pecados de todo o mundo e, especialmente, por todos os meus pecados — disse ele.

''Até hoje, lembro-me do impacto daquela declaração simples mas verdadeira", recorda-se Barry. "Cristãos genuínos não odeiam judeus. De facto, eles realmente amam-nos e estão agradecidos e honrados pelo facto de Deus os ter incluído pela fé na sua família eterna."

 

Algumas semanas depois, Kent apresentou Barry a Hal, o líder da Cruzada Estudantil para Cristo no campus da UCLA. Certo dia, Barry e Hal estavam sentados no grande salão social dos alunos quando as coisas ficaram bastante tensas. Conforme Hal ia mostrando a Barry as predições do Messias do AT que foram cumpridas por Jesus, Barry deixou escapar uma frase:
— Como podes fazer isso?!
— Fazer o quê? — perguntou Hal.
— Usar uma Bíblia falsa! — acusou Barry. — Tu tens uma Bíblia falsa para enganar os judeus!
— O que é que tu queres dizer com uma "Bíblia falsa"? — perguntou Hal. Barry respondeu:
— Vocês, cristãos, pegaram as assim chamadas profecias messiânicas do seu próprio NT e então reescreveram-nas na sua edição do AT para enganar os judeus. Mas eu garanto-te que essas profecias messiânicas não estão em nossa Bíblia judaica!
— Não, Barry! — respondeu Hal. — Não é nada disso.
— É sim, essa é uma Bíblia falsa! — gritou Barry, enquanto saltava da cadeira.
— Não, não é! — disse Hal mais uma vez, surpreso diante da acusação. — Ninguém jamais me disse isso. Por favor, senta-te.
As pessoas começaram a prestar atenção à discussão. — Não, Hal. A nossa amizade encerra-se aqui!
— Barry, Barry, espera um minuto. Tu tens o teu próprio Tanach [o AT em hebraico]?
— Sim, eu recebi um no meu bar mitzvah. E daí?
— Porque é que tu não tomas nota desses versículos e vais lê-los no teu próprio Tanach?
— Porque isso será perda de tempo! — respondeu Barry. — Esses versículos não estão no Tanach!
— Por favor — insistiu Hal. — Simplesmente toma nota desses versículos e verifica-os por ti mesmo.
Os dois rapazes discutiram até que Barry — para se livrar de Hal — concordou em verificar os versículos.
— Tudo bem — disse Barry, enquanto tomava nota das referências. — Vou verificar isso. Mas não me ligues; eu telefono para ti!
Barry saiu, esperando nunca mais ver Hal. Ele não verificou os versículos por vários dias, e, então, a culpa começou a atormentá-lo.
" "Eu disse a Hal que iria verificar", lembra-se Barry, "e, assim, eu deveria pelo menos fazer isso e colocar essa coisa de cristianismo de lado de uma vez por todas!"
Naquela noite, Barry tirou o pó do seu velho Tanach — aquele que ele nem sequer havia aberto desde quando completou 13 anos de idade — e ficou chocado com o que encontrou. Cada uma das predições que Hal havia citado realmente estava no Tanach!
A reacção inicial de Barry foi: "Estou numa tremenda enrascada! Jesus é realmente o Messias!".

Contudo, naquele momento, a aceitação de Barry foi apenas intelectual. Ele começou imediatamente a preocupar-se com as implicações de tornar pública a sua descoberta. "Se eu aceitar Jesus como Messias, o que é que os meus pais vão pensar? O que é que os meus amigos da comunidade judaica vão fazer? O que é que o meu rabino vai dizer?"

Foi preciso mais estudo até que Barry fosse a público, especialmente em relação a uma passagem à qual Hal se havia referido várias vezes: Isaías 53. Antes de revelar a conclusão da pesquisa de Barry, vamos analisar o capítulo 53 de Isaías e algumas outras profecias messiânicas que ele estava a investigar.

 

Notas: Rose Bowl é o nome do jogo realizado entre os vencedores dos dois principais campeonatos universitários de futebol americano, o Pac Ten (dez universidades da região da costa norte-americana do Pacífico) e o Big Ten (dez universidades do Meio-Oeste norte-americano) [N. do T.].
288 O testemunho de Barry foi extraído de seu capítulo em Norman GEISLER & Paul HOFFMAN, eds. Why I am a Christian: Leading Thinkers Explain Why They Believe. Grand Rapids, Mich.: Baker, 2001, p. 205-21, e de nossas conversas pessoais com ele .

 

Continua: O Servo Sofredor

 

Do livro: 

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