Jesus é Deus? _ Actos divinos
Além de fazer declarações que afirmaram a sua divindade (e, além disso, de realizar milagres), Jesus agiu como Deus:
Ele disse a um paralítico: "Filho, os seus pecados estão perdoados" (Marcos 2.511). Os escribas responderam correctamente: "Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?".
Jesus declarou: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra" e, imediatamente, deu um novo mandamento: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações ... " (Mateus 28.18,19).
Deus entregou os Dez Mandamentos a Moisés, mas Jesus disse: "Um novo mandamento vos dou: Amem-se uns aos outros" (Jo 13.34).
Ele pediu oração em seu nome: "E eu farei o que vocês pedirem em meu nome [ ... ]. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei" (João 14.13,14); "Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido" (João 15.7).
A despeito do facto de que tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos proíbem a adoração a qualquer coisa que não seja Deus (Êx 20.1-4; Dt 5.6-9; At 14.15; Ap 22.8,9), Jesus aceitou adoração em pelo menos nove ocasiões:
1. um leproso que foi curado (Mt 8.2);
2. um dirigente da sinagoga cuja filha foi curada (Mt 9.18);
3. pelos discípulos depois de uma tempestade (Mt 14.33);
4. uma mulher Cananéia (Mt 15.25);
5. a mãe de Tiago e de João (Mt 20.20);
6. um endemoninhado geraseno (Mc 5.6);
7. o homem cego que foi curado (Jo 9.38);
8. todos os discípulos (Mt 28.17);
9. Tomé, que disse: "Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20.28).
Todas essas pessoas adoraram a Jesus sem uma palavra de repreensão por parte dele. Jesus não apenas aceitou essa adoração, como até mesmo elogiou aqueles que reconheceram a sua divindade (João 20.29; Mateus 16.17). Isso só poderia ser feito por uma pessoa que considerava seriamente ser Deus.
Vamos colocar tudo isso na devida perspectiva. Ninguém fez isso melhor do que C. S. Lewis quando escreveu:
"Entre aqueles judeus, repentinamente surge um homem que sai falando por aí como se ele mesmo fosse Deus. Afirma perdoar pecados. Diz que sempre existiu. Diz que julgará o mundo no final dos tempos. Vamos deixar uma coisa clara. Entre os panteístas, como os indianos, qualquer um pode dizer que é uma parte de Deus ou um com Deus: não haveria nada de muito estranho em relação a isso. Esse homem, porém, uma vez que era judeu, não poderia estar se referindo a esse tipo de Deus. Na linguagem daquele povo, Deus significava um ser fora do mundo, que o fizera e que era infinitamente diferente de qualquer outra coisa. Quando você entende isso, percebe que aquilo que esse homem diz foi, de maneira bem simples, a coisa mais chocante que jamais fora pronunciada por lábios humanos."
Imagine o seu vizinho a afirmar: "Eu sou o primeiro e o último, aquele que é auto-existente. Você precisa que os seus pecados sejam perdoados? Eu posso fazê-lo. Você quer saber como viver? Eu sou a luz do mundo — todo aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Você quer saber em quem pode confiar? Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Você tem qualquer preocupação ou pedido? Ore em meu nome. Se você permanecer nas minhas palavras, e as minhas palavras permanecerem em você, peça o que quiser, e lhe será dado. Você precisa de acesso a Deus Pai? Ninguém vem ao Pai senão por mim. O Pai e eu somos um".
O que é que você pensaria do seu vizinho se ele dissesse essas coisas a sério?
Do livro: "Não tenho fé suficiente para ser ateu"
Págs. 255-256