As Consequências do Pecado
As consequências do pecado são catastróficas, as quais são apresentadas pela Bíblia Sagrada, o que faremos neste estudo.
1. Receberam consciência da sua nudez e procuraram escondê-la; (Gén. 3.7). Isaías 64.6 refere o sentimento do povo a este respeito: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas injustiças como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas como um vento nos arrebatam.”
2. Procuraram esconder a sua nudez por vários meios, mas em vão, porque Deus observava-os em qualquer lugar; (Gén. 3.7). O homem tem inventado toda a espécie de esconderijo a fim de ocultar o seu pecado perante Deus; contudo, as suas tentativas são ineficazes. Tanto as novas religiões, como as obras sociais, ainda que válidas para minorar o sofrimento humano, sem a fé no sacrifício do Cordeiro imolado no calvário, não resultam para a salvação.
3. Procuraram esconder-se de Deus; (Gén. 3.8). David expressa-se desta maneira: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face?…Nem ainda as trevas me escondem de Ti;” (Sal. 139.7,12). Em face disto, convém não esconder o pecado a Deus porque Ele conhece o nosso estado e a nossa posição onde quer que estejamos.
4. Sentiram temor pelo castigo merecido; (Gén. 3.10). Por isto, tem aparecido toda a espécie de religião na tentativa de propiciar a Deus, mas sem eficácia. O Senhor não se agrada meramente de rituais, cultos, ou sacrifícios. Mesmo ao seu povo, a Israel, Deus mandou dizer: “De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da que as examinemos atentamente a fim de reconhecermos os nossos próprios erros.
a) O homem apontou o dedo para a mulher que Deus lhe dera; (Gén. 3.12). É sempre fácil acusar o outro como defeituosa criação de Deus quando nós estamos incorrendo no mesmo erro. Jesus aconselhou a não julgar (ou acusar) para não ser julgado. Porque quem atira pedra levará com ela de volta. (cf. Mat. 7.1,2).
b) A mulher apontou o dedo para a serpente que Deus criara; (Gén. 3.13). Mesmo em nossos dias, alguns tentam culpar a Deus pelas circunstâncias, ou situações, em que se encontram, sem fazer uma introspecção pessoalmente válida. A culpa está no transgressor, não no legislador. c) A mulher admitiu ter sido enganada pela serpente; (Gén. 3.13.) Se Eva conhecia a verdade, por que se deixou enganar? Por que não ficou firme na obediência à ordem do seu Criador?
Logo que Deus tem revelado como devemos proceder para sermos felizes, não devemos aceitar alterações que venham prejudicar a nossa caminhada cristã. Porque “qualquer que violar um destes mais pequenos mandamentos e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus” disse Jesus. (cf. Mat. 5.19). Verificamos, então, que o casal adâmico foi o culpado directo pela sua nova situação diante de Deus, a qual legaram, como trágica herança, a todos os seus descendentes na terra.
O estado da alma
A natureza mental e moral dos seres humanos ficou corrompida; (Gén. 6.5,12). O pecador tornou-se escravo do pecado e de Satanás; (Rom. 6.16). Aquilo que é mau e prejudicial está sempre à mão para ser praticado. O Bem é algo que passou para segundo plano. Uma alma em pecado inverteu os valores e deixou de viver conforme os padrões divinos. É por isso que a Escritura diz estarem todos mortos em ofensas e pecados; (Ef. 2.1). Estando vivos fisicamente, na realidade estão mortos porque deixaram de viver a vida de Deus.
A mente natural tem inclinações carnais e constitui-se inimiga de Deus, que é um Ser santo e espiritual; (Rom. 8.7,8). A mente carnal é controlada pelo príncipe satânico a fim de fazer o que desagrada a Deus; (Ef. 2.2). Desta maneira, todos ficaram debaixo da maldição, pela desobediência à vontade divina; (Gál. 3.10). Um dia, muitos ouvirão esta maldição da rejeição: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” (Mat. 25.41).
Esta é a situação mais trágica que um indivíduo poderá experimentar. Sabendo que poderia desfrutar de boa companhia na presença de Deus, e foi rejeitado em virtude da sua péssima escolha é um tremendo inferno; porque a separação tem sempre causado angústia e dor permanente.
A este respeito será conveniente transcrever uma esclarecedora parábola contada pelo Senhor Jesus: “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E no Hades ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. E clamando ele disse: Abraão. Meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado, e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá;” (Lucas 16.19-26).
O Senhor dá-nos a devida instrução acerca do estado da alma, tanto em vida como após a morte, para que ninguém fique ignorante quanto a estas coisas de suprema importância.
Por este motivo, convém aceitar o perdão conquistado por Jesus na cruz e pautar as nossas vidas pelas Sagradas Escrituras de modo a servir ao Deus vivo e verdadeiro conforme é do Seu agrado. Importa que vivamos de acordo com os planos e a santa vontade do nosso Criador a fim de sentirmos continuamente a Sua protecção e bênção. Assim, experimentaremos bem-estar espiritual, físico e social, livre de sentimentos de culpa e condenação, e, finalmente, a vida eterna como recompensa da nossa fidelidade.
Publicado em 04/07/2008 por Constantino