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Blog d'espiritismo _ A verdade

Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

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Não há, pois, como considerar Cristão, alguém que não crê no sacrifício que o Deus Vivo fez por nós. Desta forma, como filhos de Deus , devemos tomar cuidado com seitas que se dizem Cristãs, mas que são a mais pura deturpação da verdade.

O Inferno é realmente eterno? (3)

Uma visão do inferno que está ressurgindo fortemente entre os evangélicos é o aniquilacionismo.

Há pequenas variações, mas, essencialmente, essa doutrina ensina que Deus eventualmente apagará os descrentes de sua existência.

Alguns aniquilacionistas até abrem espaço para a ira divina, mas eles não permitem que ela se estenda além do lago de fogo. Em outras palavras, eles não querem permitir que Deus use toda a força do Seu julgamento, que é o tormento eterno, consciente. Para eles, o lago de fogo é o que consome totalmente e, finalmente, destrói os pecadores. Se eles enxergam a morte como o fim, ou se vêem os tormentos do inferno como sendo limitados pelo tempo, o resultado é o mesmo, uma negação da eternidade do inferno.

“Espere um minuto”, você protesta, “o que acontece com todas as referências bíblicas às chamas eternas e ao castigo eterno?

Mateus 25:46 não diz que os ímpios vão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna? Boa pergunta. Sem uma boa razão exegética, alguns aniquilacionistas têm entendido a palavra “eterno” não como uma duração de tempo, mas com a qualidade do julgamento de Deus. É eterno em qualidade, mesmo que tenha um fim. Outros aniquilacionistas dizem que “eterno” refere-se ao efeito do julgamento divino. Isto é, os resultados do julgamento de Deus na morte, como uma extinção ou aniquilação, ou seja, o estado do não-ser duraria eternamente.

Se você está desdobrando sua mente pra entender isso, você não está sozinho. É difícil conceber um pecador experimentando uma qualidade eterna de julgamento sem ele durar para sempre. Mateus 25:46 ensina claramente que a duração do castigo e da vida são iguais, ambos são eternos. John MacArthur disse,

A punição no inferno é definida pela palavra grega aionios, que significa eterno ou que dura para sempre. Há pessoas que gostariam de redefinir a palavra aionios e dizer: “Bem, isso na verdade não significa para sempre.” Mas se você fizer isso com o inferno, você fará isso também com o céu, porque a mesma palavra é usada para descrever os dois. Se não houver um inferno eterno, então não há um paraíso eterno. E eu vou além disso. A mesma palavra é usada para descrever Deus. E assim, se não há um inferno eterno, então não há um céu eterno, nem há um Deus eterno. É claro que Deus é eterno e, que o céu é eterno, por isso o inferno também é. (John MacArthur, A Testimony of One Surprised to Be in Hell, Part 2)

Agostinho expressou isso com simples palavras à mais de 1500 anos atrás: “Dizer que a vida eterna deve ser sem fim, mas que o castigo eterno deve chegar a um fim é o cúmulo do absurdo.”

Afirmar que passagens como Mateus 25:46 referem-se a eternidade como uma qualidade de julgamento, mas que não dizem nada sobre o tempo de duração, especialmente sem nenhum apoio exegético, é simplesmente ridículo. O significado de “eterno” nessa passagem é claro: dura para sempre.

Aniquilacionistas por vezes tentam explicar “eterno” no sentido de um efeito eterno. Eles dizem que as palavras como destruição e morte se referem a algum tipo de desintegração ou consumo. Deus não vai atormentar os ímpios por toda a eternidade, Ele simplesmente termina a sua existência, e o efeito desse ato singular de julgamento dura para sempre. Como observamos acima, eles permitem que Deus manifeste sua ira, mas apenas por um tempo. Para eles dizer que o castigo divino é eterno é ir muito longe, é uma forma de punição cruel e incomum. Eles acreditam que Deus vai eliminar os perversos da existência, e que a condição de não-existência durará para sempre.

Além do problema metafísico (Como pode ser dito que uma coisa que não existe mais, dura para sempre?), há um problema muito sério com a “cessação da existência” visto que não leva em conta que o legislador é infinito e eterno por natureza. A gravidade de um delito é medida, não apenas pela natureza do ato em si, mas também em relação ao ofendido.

Por exemplo, se um homem esmurra outro homem em uma esquina, ele pode sofrer algumas conseqüências, a acusação de perturbar a paz, assalto, agressão etc. Mas se ele der um soco no presidente dos Estados Unidos, vai acabar passando um bom tempo na prisão.

É mais ou menos assim com as ofensas cometidas contra um Deus santo. Uma vez que uma ofensa contra um legislador finito é finita, a punição para satisfazer a ofensa também é finita. Esse é o princípio por trás do Êxodo 21, olho por olho (vv. 23-25). Mas uma ofensa contra um Legislador infinito e eterno não é finita, é infinita e eterna. Cabe ao juiz determinar a gravidade da infração em si, ou seja, contar uma mentira “branca” versus cometer homicídio, mas a natureza da infração é medida de acordo com a natureza de Deus que é santo e eterno. Da mesma forma, Deus, que é perfeito em justiça, determina a punição que uma infração exige. De acordo com a Sua Palavra, a punição por um delito contra um Deus santo é o tormento eterno no inferno.

Em um nível humano, é compreensível que as pessoas recuem dos ensinamentos bíblicos sobre os tormentos eternos do inferno. É uma doutrina absolutamente terrível e assustadora. É impossível para nós conceber o pecado como um crime tão grave. É difícil aceitar até mesmo que os crimes de figuras famosas como Hitler, Stalin, Pol Pot, Mao, e Osama Bin Laden, mereçam a agonia excruciante e eterna descrita na Bíblia.

Mas isso só mostra o quão pouco nós entendemos a gravidade do pecado por um lado, e a santidade de Deus, do outro.

Os caminhos de Deus são mais altos que os nossos caminhos e Seus pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos, não podemos compreendê-Lo plenamente (Is. 55:8-9).

De uma forma desconfortável, pungente e penetrante, a doutrina do inferno eterno confronta a nossa lealdade, revela nossa verdadeira autoridade, e exige que deixemos de lado o que parece-nos razoável e que confiemos no justo juízo de um Deus santo. Quando abraçamos as doutrinas mais difíceis da Bíblia, isso se torna uma das evidências mais significativas de que Deus está nos concedendo fé.

A doutrina bíblica de um inferno eterno dá-nos ainda outro motivo para louvar a Deus pelo evangelho. Foi necessária uma pessoa eterna para satisfazer uma pena eterna contra o pecado, sendo toda a raça humana desqualificada, exceto uma pessoa: Jesus Cristo. Ele é o Filho do homem e o Filho eterno de Deus. Quando Jesus deu a Sua vida, Seu sacrifício satisfez todos os requisitos da justiça divina. Para aqueles que confiam em Jesus Cristo como seu Substituto, Sua morte satisfez a ira eterna de um Deus eterno e justo. Ele levou o nosso castigo em seu corpo, absorvendo ira eterna de Deus. Mas aqueles que não abraçam a Cristo são deixados a si mesmos, eles têm a culpa de suas ofensas contra um Deus eterno, e vão sofrer por isso eternamente, e nunca serão capazes de satisfazer a Sua ira eterna.

Espero que a doutrina do tormento eterno torne vocês sóbrios. Que ela encha vocês de louvor a Deus pela salvação do castigo eterno, e pela vida eterna no lugar daquele. Que vocês se humilhem por perceberem que não estão recebendo o que merecem. E que se inflame em vocês uma paixão por proclamar o evangelho às pobres almas que não têm conhecimento do terror que os espera fora da misericórdia de Deus.

 

 

 

Tradução: Alisson Pedrosa / @alissompa

Original:  Grace to You

 

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