Quem morreria em favor de uma mentira? I
Há por aí muitas filosofias que negam a ressurreição corporal de Jesus Cristo. Dessas, destaco as Testemunhas de Jeová e o Espiritismo.
Mas, a História mostra-nos que tal facto é tão real como o ar que respiramos.
Uma das questões bastante negligenciadas nas contestaçãos ao Cristianismo é a transformação dos apóstolos de Jesus Cristo após a Sua ressurreição. Aquelas vidas transformadas constituem por si só um testemunho sólido e verdadeiro, daí que as suas declarações sobre a ressurreição do Mestre não deixem sombra de dúvida. Ora, como a fé cristã é histórica, se desejarmos investigá-la, teremos que nos apoiar em testemunhos orais e escritos.
Existem muitas definições de "História", mas há uma que me agrada mais do que qualquer outra. "Um conhecimento baseado em testemunhos." Podem-se levantar vozes discordantes... alguém pode alegar que a definição não é muito boa. Mas então eu pergunto: _ Acreditas que Napoleão existiu? Acreditas que Nero existiu? Porquê? Já os viste alguma vez? Não? Então como sabes que eles viveram e o que fizeram? Ah... sei... é a História que os dá a conhecer!
Todos nós confiamos na História quando se trata de tudo, porque recusamos acreditar quando ela nos fala da ressurreição de Jesus Cristo? A História só existe porque há testemunhos dignos de crédito. Por isso, para acreditar na História, só podemos confiar e dar crédito aos testemunhos de terceiros.
O Cristianismo implica um conhecimento do passado baseado em testemunhos. O máximo que podemos perguntar é: "Será que os testemunhos originais acerca de Jesus eram merecedores de crédito? Podemos acreditar que os Seus seguidores transmitiram com correcção o que Ele disse e fez?" Eu acredito que sim!
Confio no testemunho dos apóstolos porque, dos doze, onze tiveram morte da mártir, por causa de dois factos: a ressurreição de Jesus Cristo e a sua crença n'Ele como Filho de Deus. Eles foram torturados, flagelados, e, por fim, enfrentaram a morte por métodos de execução cruéis:
Pedro _ Crucificado
André _ Crucificado
Mateus _ Morte pela espada
João _ Morte natural
Tiago, filho de Alfeu _ Crucificado
Filipe _ Crucificado
Simão _ Crucificado
Tadeu _ Morto pelo arco (Crivado de flechas)
Tiago, irmão de Jesus _ Apedrejado
Tomé _ Trespassado por uma lança
Bartolomeu _ crucificado
Tiago, filho de Zebedeu _ Morte pela espada
Claro que muitos poderão dizer: "Ora... muitas pessoas já morreram por causa de uma mentira; o que é que isto prova?"
É verdade que muitas pessoas já morreram por acreditar numa mentira, mas só morrerram por ela porque acreditavam que se tratava de uma verdade!
Ora, se a ressurreição de Jesus não ocorreu (isto é, se é falsa), os discípulos sabiam disso. Não é possível estarem todos enganados a esse respeito. Portanto, estes onze homens não morreram em defesa de uma mentira _ e aqui é que está o X da questão _ mas eles sabiam que era mentira.
Bem... seria difícil, para mim impossível, encontrar onze pessoas, na História, que estivessem dispostas a morrer em defesa de uma mentira, sabendo que era mentira.
Precisamos estar familiarizados com alguns acontecimentos para apreciar melhor os feitos dos apóstolos.
Eles sempre falaram e escreveram como testemunhas oculares dos eventos que descreviam.
Pedro disse: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da Sua magestade." (2 Pedro 1:16) Eles sabiam claramente a diferença entre o mito, a lenda e a realidade.
João enfatizou este aspecto de testemunho ocular do conhecimento dos judeus: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que comtemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão connosco." (1 João 1-1-3)
Lucas declarou: "Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos factos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde a sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem." (Lucas 1-1-3)
Depois, no livro de Actos, Lucas descreveu aquele período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição de Jesus e no qual Seus seguidores O observaram de perto.
"Escrevi o primeiro livro... relatando todas as coisas que Jesus fez e ensinou, até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus." (Actos 1: 1-3)
João iniciou a última parte do seu Evangelho dizendo que "fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro." (João 20:30)
O principal assunto destas testemunhas oculares dizia respeito à ressurreição corporal do Senhor Jesus. Os apóstolos testemunharam sua nova vida após a morte:
Lucas 24:48; João 15:27; Actos 1:8; Actos 2:24, 32; Actos 10:41; 1Coríntios 15: 4-9; 1 Coríntios 15:15; Actos 3:15; Actos 4:33; Actos 5:32; Actos 10:39; 1 João 1:2; Actos 23:11; Actos 22:15; Actos 26:16.
Continua: