ASTROLOGIA
A astrologia, e tudo o que está associado à mesma, tem tido um crescimento extraordinário nos últimos anos. Constatamos essa realidade todos os dias nos diferentes programas da manhã oferecidos pelos vários canais da televisão.
Não temos dúvidas em afirmar que a astrologia se tornou o passatempo de natureza ocultista mais aceitável nos nossos dias – tornou-se uma parte da vida quotidiana das pessoas.
A astrologia, hoje, representa um grande negócio que continua em franco desenvolvimento. Milhares de jornais, por esse mundo fora, apresentam colunas de horóscopos e publicitam um sem número de mestres e videntes que promovem e vendem o seu produto. Um número crescente de pessoas está, cada vez mais, envolvido neste mundo porque o vê, simplesmente, como uma brincadeira inofensiva – lêem o seu horóscopo todas as manhãs como uma forma de desfrutarem de alguns segundos de relaxamento. Uma outra razão deste interesse das massas pela astrologia é que a mesma, supostamente, instrui as pessoas sobre as grandes questões da vida sem quaisquer exigências morais.
A astrologia afirma poder explicar a nossa personalidade, aconselhar-nos sobre amor, sucesso, dinheiro, sem que faça qualquer exigência moral aos que a aplicam e é disso que a nossa sociedade gosta. Não podemos negar um outro facto: a astrologia tem um estrondoso sucesso porque ela, em muitos dos seus vaticínios ou previsões, aparentemente funciona. Os mapas astrais dos clientes podem ser espantosamente exactos revelando dados pessoais a respeito dos clientes ou acerca acontecimentos do seu passado. Este tipo de fenómenos é espantoso e atrai a confiança e atenção das pessoas.
O que as pessoas não sabem, e que lhes é totalmente oculto, é que quando se envolvem com este tipo de práticas estão, na realidade, envolvendo-se e procurando conselho nos deuses antigos de uma religião politeísta. Quando olhamos para os planetas, na realidade, estamos olhando para deuses que tinham o nome desses planetas e que tinham características particulares. No entanto, importa não confundir astronomia (o estudo científico dos astros) e astrologia (o uso dos nomes dos astros escondendo antigas praticas mitológicas gregas e romanas).
A astrologia toma elementos da astronomia e envolve-os na mitologia antiga, grega e romana. Este sistema baseia-se não nas propriedades físicas dos planetas, mas nos seus atributos distintos, nas desesperadas limitações de cada deus, no círculo fechado do politeísmo astrológico.
É isto que, na verdade, está por trás da astrologia. Quando os astrólogos dizem que os planetas influenciam as nossas vidas o que eles, na realidade, estão a dizer é que esses deuses mitológicos influenciam a nossa vida, porque o importante não é o planeta em si mas o poder espiritual que está dentro do mesmo. Na prática a astrologia é uma religião que se quer mascarar de ciência, uma falsa religião.
A astrologia é, em grande parte, baseada em histórias imaginárias, sobre deuses imaginários… será que podemos colocar a nossa confiança nesta prática?
Aquilo que apontamos em relação aos planetas é também verdade para os signos do Zodíaco. Todos eles são extraídos de histórias da abundante mitologia e referem-se a deuses ou a eventos com eles relacionados. Tudo gira á volta de mitos e lendas. Os astrólogos, ao apontarem rumos para a vida das pessoas, fazem-no baseados não numa ciência, mas num conjunto de mitologias, de irrealidades, o que leva as pessoas a construírem a sua vida baseados na influência de pseudodivindades.
Muitas são as objecções que podemos levantar à astrologia, mas o nosso espaço não nos permite grandes pormenores; deixe-me, porém, referir algumas:
1) Até Copérnico os mapas astrológicos eram construídos debaixo da afirmação de que a terra era o centro do sistema solar e que todos os planetas e o sol giravam em volta dela. Que validade tinham esses mapas astrais?
2) O que dizer de gémeos idênticos (que supostamente deveriam ter uma influência planetária semelhante) quando um morre à nascença e outro vive até aos cem anos? Estas, e muitas outras perguntas, ficam obviamente sem resposta convincente…
Talvez, no entanto, a questão mais importante que muita gente coloca, se centre na ideia de que a astrologia funciona… ela por vezes revela factos da vida… Como responder as essas pessoas acerca do poder que está, verdadeiramente, por trás dessas revelações? Neste momento da nossa discussão só podemos chegar a uma conclusão: essas revelações têm a sua origem nalguma fonte superior ao próprio astrólogo e, de um ponto de vista cristão, só nos restam duas vias - ou Deus é a fonte dessas revelações ou o Diabo. O que sabemos sobre as fontes em que estão baseadas as conclusões astrológicas é que são fontes mentirosas e sabemos que a Bíblia descreve o Diabo como o pai da mentira.
Observemos de forma sucinta o relato que temos em Génesis 3:1-6, da conversa da serpente com Eva. O desenvolvimento da argumentação da serpente tem como base factos verídicos e alguma revelação, que desperta em Eva a confiança para pôr em prática os conselhos trazidos à sua vida pela serpente (e ao mesmo tempo minimizar a revelação que Deus lhe tinha dado). O resultado último conhecemos qual foi: a morte. Quando lemos a descrição dos primeiros capítulos do livro de Job, chegamos à conclusão que Satanás tem conhecimento da vida dos homens. Ele possui muito conhecimento sobre nós: conhece a nossa vida, os nossos filhos, a nossa situação financeira, etc. Este é um facto que muitos preferem ignorar mas que a Bíblia nos descreve com total transparência. A Bíblia mostra-nos também que o Diabo usa esse conhecimento para alcançar os seus objectivos de afastar a humanidade de Deus; ele actua utilizando muitas e variadas maneiras e muitas delas, até, com aspecto de verdade, mas que tem como fim último aprisionar as pessoas e afastá-las do Criador.
O que temos estado a dizer e a analisar tem a mesma aplicação a actividades como o tarot, os búzios, a leitura das mãos ou a antiga bola de cristal - as revelações tem uma mesma fonte e origem. Não será pois de estranhar que a Bíblia condene tão claramente toda a prática relacionada com o ocultismo e a adivinhação. Em Deuteronómio 18.10-12 a Bíblia diz: ”Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor” (ver também Isaías 47:13-15; Deuteronómio 4:19).
A Bíblia deixa claro que quando assumimos um relacionamento com Deus não podemos manter qualquer tipo de prática ocultista.
Em Actos 19:18-10 diz que os que se convertiam destruíam os seus livros de práticas mágicas; em Gálatas 5:19-21 Paulo diz-nos que a feitiçaria faz parte das obras daqueles que não herdarão o reino de Deus, ao que João acrescenta, em Apocalipse 21:8, que o destino dos que praticam tais coisas é a perdição eterna.
Samuel Martins