Resposta ao comentário do Paulo Callis [1]
O Paulo Callis, comentou:
"Olá! Você me surpreendeu por ter sido pontual nas respostas, parabéns! Porém, gostaria que observasse as seguintes considerações:
SOBRE A RESPOSTA 1 - [1] Moisés morreu e foi enterrado (Deuteronômio 34,5-7). Com base em sua resposta, esclareço que Judas viu Moisés como um líder com uma moral-ética duvidosa, vingativo e autoritário. Ocorre que Moisés não tinha o carácter bom e misericordioso, se comparado a Jesus, que ensinou através do exemplo prático: a mansidão, o perdão, o amor incondicional os inimigos, a Caridade e a Fraternidade. Isso levou Judas a imaginar que o corpo de Moisés foi disputado entre o arcanjo (o bem) e o diabo (o mal). Judas não reconheceu a missão de Moisés que era trazer a primeira revelação à Humanidade fundamentada no Deus Único, na Justiça e no Direito, cujas bases coexistem no Direito em diversos países, inclusive no Brasil, apesar de ser Estado laico.
[2] Elias morreu, mas seu corpo não foi encontrado para sepultamento. Nada sobrenatural, mas é uma Lei Divina menciona uma linguagem alegórica na Bíblia: “ Tu és pó e pó te tornarás... (Gênesis 3. 19); porque aos homens está ordenado morrerem... vindo depois o juízo... (Hebreus 9. 27); o Corpo volta ao pó e espírito retorna a Deus (Eclesiastes 12. 7).
O resgate do cadáver pode até permanecer em mistérios como acontece na actualidade, por exemplo: deputado Ulysses Guimarães, alpinista Bernardo Collares e diversos passageiros mortos no acidente aéreo do vôo 447 da Air France, no oceano Atlântico. [3] Observe que era uma época primitiva e o povo era místico, por isso não havia referência para descrever o sumiço de um homem de bem do que o arrebatamento de Elias ao Céu. Até hoje, encontramos pessoas que dizem as crianças que “fulano foi para o Céu” quando da morte de um ente querido. Contudo, jamais podemos ignorar que as Leis Divinas são perfeitas e imutáveis.
[4] Ensina-nos a Doutrina Espirita que o maravilhoso ou sobrenatural não existe, pois, Deus não criaria leis para serem derrogadas tal qual acontece pela imperfeição das coisas criadas pelas pessoas Tento esclarecer sem desrespeitar às leis da natureza (ciência) e as leis divinas (bíblicas), consequentemente entra em conflito a resposta à pergunta que lhe fiz: [5] Os mortos (Elias e Moisés) CONVERSARAM ou Não com Jesus? (Na sua opinião, Jesus não teria direito de revogar a proibição de conversar com os mortos? Se não o fez, quem revogou a Lei do apedrejamento previsto no Livro de Levítico? Quem revogou as Leis de Deuteronômio como por exemplo a de cortar cabelos, usar de brincos, a mulher poder usar roupas masculinas, etc.? [6] Antes da publicação da Bíblia pela imprensa, como eram repassadas as cópias dos originais das escrituras dos ensinos de Jesus contidos na Bíblia?)"
Resposta: Paulo, todo o seu comentário é baseado em teorias espíritas, suposições e nada mais do que isso.
[1] Não fui eu quem lhe respondeu e sim o Lucas. Eu nunca disse que Moisés não morreu. A Bíblia diz-nos que ele morreu no monte Nebo, em Moabe, sem ter entrado na Terra Prometida e foi secretamente enterrado num lugar que ninguém sabe "Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura." Deuteronômio 34:5,6.
Se tudo o que Judas escreve acerca de Moisés é isto: "Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda."
Judas 1:9
Onde é que você conseguiu perceber que Judas viu Moisés como "um líder com uma moral-ética duvidosa, vingativo e autoritário"? Numa sessão espírita na qual você estava presente e onde os demónios afirmaram ser uma personagem bíblica?
Moisés jamais poderia ser comparado a Jesus porque Moisés foi um profeta sobre o qual a Palavra de Deus nos diz: "E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra." Números 12:3
Jesus é o Messias, o Redentor, o Salvador, Deus, o Alfa e o Ômega, o Pai da eternidade, o grande Eu Sou como Isaías profetizou: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6
O próprio Jesus afirmou ser Deus! Há uma diferença abissal entre ambos - Moisés é criatura, Jesus é o Criador!
Quanto à sua rábula acerca da sua ideia sobre o versículo de Judas que fala do corpo de Moisés, é tão estapafúrdia que nem vale a pena perder tempo...
[2] Por muito que isso deite por terra várias mentiras espíritas, a verdade é que Elias não morreu.
Não foi só Eliseu que o viu a ser levado para o céu num redemoinho e que sabia que tal iria acontecer: "Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o SENHOR hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. [...] E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe: e assim ambos pararam junto ao Jordão. [...] E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho."
2 Reis 2:3, 7, 11
É isto que a Bíblia ensina. Ponto. Não me interessa que a doutrina espírita rejeite o texto bíblico que revela claramente que a afirmação espírita de que João Baptista era Elias é falsa porque quem não morre não pode reencarnar. Aliás, como bom espírita, você mencionou outro versículo que nega totalmente a possibilidade da reencarnação, mas sonegou parte dele? Você escreveu: "porque aos homens está ordenado morrerem... vindo depois o juízo... (Hebreus 9. 27);" Falta "UMA SÓ VEZ" antes de "vindo depois o juízo".
Que o corpo físico volta ao pó é um dado científico que não precisa de mais provas. Que o espírito volta para Deus é outro facto que, não sendo científico, é bíblico.
Deturpar o que a Bíblia ensina para emprestar credibilidade à doutrina espírita é dar tiros nos pés.
[3] Místico? Sabe o que é o misticismo? Quer algo mais místico do que a doutrina espírita? Elias não desapareceu. Elias foi levado para o céu e, muitos anos mais tarde, ele reaparece no monte da transfiguração. O episódio do monte da transfiguração, por si mesmo, é uma machadada no espiritismo porque denuncia outra das suas mentiras. Para não tornar o texto demasiado longo, veja como o episódio do monte da transfiguração revela mais uma mentira espírita, aqui.: http://blogespiritismo.blogs.sapo.pt/232267.html.
[4] A doutrina espírita ensina que o maravilhoso e o sobrenatural não existem? Ok! Vou fingir que falar com os mortos é a coisa mais natural deste mundo e que a ciência pode comprovar isso facilmente...
Quanto ao maravilhoso, basta ler o relato bíblico e crêr na Palavra de Deus.
[5] Elias e Moisés conversaram com Jesus. Mas, por muito que pareça dar-lhe jeito, não se tratou de uma sessão espírita, mas sim de um episódio sobrenatural (algo que o espiritismo afirma não existir) que tinha um objectivo claro da parte de Deus. Pedro, uma das três testemunhas do que aconteceu no monte, escreve: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações." 2 Pedro 1:16-19
Moisés e Elias representam, respectivamente, a lei e os profetas, sendo que ambos predisseram a morte de Cristo que, segundo Lucas, era o assunto que os três discutiam: "Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém." Lucas 9:31
Pedro, errou ao colocar Moisés e Elias no mesmo plano de Cristo. Cristo era aquEle para quem tanto Elias como Moisés haviam apontado. Pedro viu o céu abrir-se na transfiguração de Jesus. Ele viu a aparência de Jesus nos seus privilégios reais plenos. Pedro percebeu que Cristo era mais do que um carpinteiro, mais do que um guru de mente aberta, mais do que um encorajador que não faz juízo de tudo e de todos. Quando ele O viu brilhar e ofuscar em majestade com a nuvem de glória que enchia o templo ao redor deles, ele soube, naquele momento, que Jesus não era um homem para se tratar de forma leviana. E quando Ele vier novamente, todos nós perceberemos, mesmo que seja tarde demais para alguns.
"Sabemos que uma vez a face de Moisés brilhou porque refletiu algo da glória de Deus (Êx 34.29,30). Mas quanto a Jesus, ele mesmo foi transfigurado. O verbo metamorph oô (“transfigurar”, “transformar”, “mudar na forma”) sugere uma mudança de natureza mais íntima do que pode ser visível externamente (como aqui; cf. Êx 34.29; 2Bar 51.3,5) ou bem invisível (Rm 12.2; 2Co 3.18). O facto de Jesus se ter transfigurado “diante deles” sugere que isso aconteceu em grande parte por causa deles: independentemente da confirmação que a experiência tenha concedido a Jesus, ela foi reveladora para os discípulos. Como eles viriam a perceber, eles foram privilegiados em vislumbrar alguma coisa de sua glória pré-encarnação (Jo 1.14; 17.5; Fp 2.6,7) e antecipar a sua futura exaltação (2Pe 1.16-18; Ap 1.16). A confissão deles de Jesus como Messias e a insistência deste de que seria um Messias sofredor (16.13-21; 17.9) foram confirmadas. Portanto, eles tinham motivo para esperar que ainda veriam o Filho do homem vindo em seu reino (16.28). O contraste entre o que Jesus acabara de predizer que seria o seu destino (16.21) e essa visão gloriosa fariam, um dia, os discípulos de Jesus se maravilharem com a humilhação de si mesmo que o levou à cruz e a deslumbrar um pouco do alto ao qual ele seria levantado por meio de sua ressurreição e ascensão vindicativas. [...] só Mateus menciona o resplendor da nuvem (v. 5), reminiscente da glória sheniká. Moisés e Elias
desempenharam papéis escatológicos: Moisés foi o modelo para o profeta escatológico (Dt 18.18), e Elias, do precursor (Ml 4.5,6; Mt 3.1-3; 11.7-10; 17.913). Os dois tiveram um fim estranho; os dois foram homens de Deus em épocas de transição; o primeiro introduziu a aliança, e o segundo trabalhou para renovar a adesão a ela. Os dois vivenciaram uma visão da glória de Deus, um no monte Sinai (Êx 31.18) e o outro no monte Horebe (lRs 19.8). Contudo, agora, a glória é a glória de Jesus, pois ele é quem é transfigurado e irradia a glória da divindade. Os dois sofreram rejeição de vários tipos (para Moisés, cf. resumo de Estêvão, At 7.35,37; e para Elias, cf. lRs 19.1-9; Mt 17.12). Juntos, eles bem podem resumir a Lei e os Profetas. Essa interpretação é a mais plausível quando lembramos que muito raramente essas duas figuras aparecem juntas no judaísmo e no Novo Testamento (possivelmente em Ap 11.3; cf. Zc 4.14; J. Jeremias, TDNT, 4:863-64). Todas essas associações ganham importância à medida que a narrativa prossegue e se percebe que Jesus é superior a Moisés e Elias e, na verdade, supera-os (w. 5,8). O verbo ôphthê (“aparecer”), às vezes, é usado em conexão com a ressurreição de Jesus, não sugere por si só um cenário de ressurreição, uma vez que Moisés e Elias foram os que “apareceram”, não Jesus."
O comentário de Mateus / D.A. Carson
[6] Antes da publicação da Bíblia pela imprensa já existia a Septuaginta que continha o AT. Os evangelhos e as cartas já circulavam no tempo dos apóstolos e foram sendo preservados ao longo dos séculos. Não faltam documentos e provas da autenticidade deles. Há mais de 5 000 fragmentos de pergaminhos que atestam a autenticidade da Escritura. O cumprimento das profecias é outra prova histórica da sua autenticidade.
Não é que o homem não possa crêr por falta de evidências... É que ele não quer crêr!