O ESPIRITISMO KARDECISTA E A SUA INTERPRETAÇÃO MALUCA SOBRE A PARÁBOLA DOS REMENDOS E DOS ODRES E VINHOS
Certa vez Jesus disse:
"Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos. - Marcos 2:21-22
Noutra tradução: "Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo novo se desprenderá da roupa velha, e o rasgo será ainda maior. E ninguém põe vinho novo em recipiente de couro velho; porque o vinho novo romperá o recipiente de couro, e se perderão tanto o vinho quanto o recipiente de couro; mas põe-se vinho novo em recipiente de couro novo."
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A interpretação espírita kardecista é horrorosa, tendenciosa e totalmente contra todo o ensino de Jesus Cristo. Ao manipular um texto desta forma, qualquer seita poderia encaixar os seus ensinos nesta parábola e dizer esta barbaridade:
Na parábola de Jesus, o que é velho é tudo o que não tem a ver connosco, e o que é novo são as verdades que ensinamos.Na verdade todas as "verdades" do espiritismo são mentiras diabólicas travestidas de textos bíblicos descontextualizados, deturpados e vergonhosamente interpretados.
Para quem é que Ele as disse? Para os discípulos de João Batista e para discípulos dos dos fariseus, os quais jejuavam, e desejavam saber porque é que os discípulos de Jesus não jejuavam. (Marcos 2:18)
Corroborando o ensino acima, o teólogo HENDRIKSEN observa que, durante a vinda de Jesus, Ele trouxe curas, milagres e salvação. Então, o facto de Jesus estar entre nós não se encaixava com os moldes de jejuns estabelecidos por homens. O teólogo explica a parábola:
"O que Jesus estava a dizer é que a salvação trazida por Ele não tinha nada a ver com jejuns desprovidos de alegria. Os odres velhos não podem competir com o vinho novo, ainda a fermentar. Esse vinho romperá os odres, o que resultará na perda de ambos. Do mesmo modo, o vinho novo, cheio de riqueza para todos os que desejam aceitar as bênçãos - até mesmo os publicanos e os pecadores -, deve ser posto em odres novos e fortes cheios de gratidão, liberdade e serviço espontâneo para a glória de Deus".¹Com isso em mente, Jesus, em vez de apregoar uma interpretação como a do Sr. Cairbar Schutel, estava simplesmente a querer dizer que, assim como não se costura remendo de pano novo em roupa velha ou não se põe vinho novo em recipiente de couro velho, também não se fica triste (jejua) quando Jesus estava com eles. Mas, conforme Jesus disse um versículo antes desta parábola, virão dias em que jejuarão, porque Jesus, o noivo, lhes seria tirado. (Marcos 2:20)
É uma pena que interpretações como estas cheguem às prateleiras de livrarias para apregoar heresias e prestar um desserviço aos leitores mal informados. Mesmo que se queira ver novas verdades reveladas para a humanidade em Marcos 2:21, 22, no máximo poderíamos admitir que Jesus falasse do fim daquele sistema judaico com as suas leis orais e tradições religiosas que o próprio Jesus condenou. Como verdadeiro judeu praticante, afinal, Ele mesmo cumpriu toda a Lei de forma correcta, portanto, não era uma pessoa independente de religião. (João 5:17)
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