Quem seriam hoje os adivinhadores e encantadores?
"Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vosso Deus". (Levítico 19:31)
Contextualizando, quem seriam hoje os adivinhadores e encantadores?
No contexto brasileiro, os médiuns, entre os kardecistas, e também os pais de santo com os seus sacrifícios aos orixás para conseguir benefícios ou aplicar maldições.
Os adivinhadores realmente adivinhavam o futuro ou era algo mais ilusório, sei lá. Porque se sabemos que somente Deus é omnisciente, então como podia haver adivinhação?
À luz da Bíblia, há duas coisas que podem acontecer. Em primeiro lugar, há o caso das pessoas que simplesmente fingem ter poderes, mas é tudo truque, um teatro. Mas há também os casos de actividade demoníaca directa, em que as pessoas de facto recebem um espírito maligno. Vemos isso no seguinte caso:
"E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu". (Atos 16:16-18)
Embora só Deus seja omnisciente, no caso da participação directa desses espíritos imundos, creio que precisamos considerar o seguinte:
1 - Os espíritos têm muitas informações sobre as pessoas que podem utilizar na hora. Por exemplo: Maria está a consultar o médium João sobre o seu pai que faleceu. Se o João recebe um espírito imundo, ele pode ter acesso a informações sobre o passado do pai através de outros demónios que conheciam o pai da Maria. Ou seja, embora o individuo João não tenha como saber, os demónios tinham como saber e usar isso para enganar Maria.
2 - Embora só Deus seja omnisciente, os espíritos, com base na observação dos factos, podem fazer deduções inteligentes sobre o que vai acontecer e podem acertar (como, às vezes nós deduzimos algo sobre o que vai acontecer no futuro com base em muitas informações que temos sobre o presente). Não é como as profecias de Deus, que são absolutamente garantidas, pois Deus é aquele que preordena o futuro desde o princípio, mas é suficiente para enganar, pois reflecte o alto grau de conhecimento que os demónios têm das circunstâncias presentes.
— Frank Brito